sexta-feira, abril 08, 2011
A secção laranja do DN informa [1]
«O líder do PSD traçou o quadro da situação do País de forma dura e crua: “Não temos dinheiro para suportar o Estado gigantesco que foi criado ao longo destes anos.”» Nem passa pela cabeça da jornalista que escreve a notícia que o Estado tem, após seis anos de governação do PS, menos 80 mil funcionários. A que se referirá Passos Coelho quando diz que foi criado um “gigantesco” Estado “ao longo destes anos”? O DN não esclarece.
Entusiasmada com a palestra de Passos na Universidade Lusófona (?) — onde disse que queria um governo “enxuto, disciplinador e fulgural” —, a jornalista dá conta de que o invento do terrível Ângelo só quer ter dez ministros. Para dar “o exemplo”.
Esperava-se então que o DN descrevesse como seria a governação de Passos se fosse primeiro-ministro — ou, ao menos, revelasse o que entende que deve ser feito para “emagrecer” o Estado. Mas nem Passos disse uma palavra sobre isso (ele que anda tão entusiasmado a fazer esboços de governos), nem esse silêncio sobre o que o líder do PSD faria parece ter despertado a curiosidade da jornalista. Ficamos apenas a saber que Passos defende uma “cultura de responsabilização” e que quer um “contrato de confiança com a sociedade”. Que significa isto? Como fazê-lo? O DN não esclarece.
Aliás, o DN acha que Passos Coelho até já disse muito. Escreve a jornalista: “Além disso, a sua missão, caso seja primeiro-ministro, será a “desgovernamentalização do Estado”. O CC explica ao DN que essa “desgovernamentalização do Estado” está feita: os dirigentes de nível intermédio são nomeados após concurso e os dirigentes superiores caem automaticamente com a demissão do Governo.
Admitimos que Passos Coelho tenha sido “fulgural” na sua palestra, a fazer fé no relato do DN: “o presidente laranja até fez a promessa de entregar ao Banco de Portugal e ao Tribunal de Contas a nomeação dos membros daquela que será a Autoridade Independente para as Contas Públicas.” Mas por que raio o Banco de Portugal e o Tribunal de Contas — estas na verdade instituições independentes — haveriam de ajudar a criar uma terceira entidade para desempenhar as funções de que estão incumbidos? O DN não esclarece.
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5 comentários :
A canalha já destroçou o País, agora propõe-se apagar a Nação do mapa.
pode começar a cortar nos empregos & despesas da presidência. o cavaco pode passar a andar de ryanair.
Ou muito me engano ou estes tipos nem sequer têm um programa próprio pois não o sabem sequer redigir. O programa do PSD vai ser aquilo que o FMI quiser impor. E PPC vai concordar porque simplesmente não tem a minima ideia do que fazer. Deus nos ajude a todos...
Passos Coelho queria ardentemente que chegasse o FMI para que lhe escrevesse o programa governamental. A Ferreira Leite deixou-lhe uma folha A-4 . Este 'homem invulgar' devia ser apelidado de 'búlgaro' como alguém um dia disse : "só diz bulgaridades".
O PPC é um quadrado com ideias obtusas. E o ppd é uma quadrilha de pistoleiros, á espera do assalto ao pote!
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