- 'A crise da dívida de alguns países do euro ameaça transformar-se na crise do euro.
A desorientação, a indecisão, a desunião e as preocupações com o acessório, como os cargos no FMI, ameaçam seriamente a união monetária.
A Grécia entra no seu quinto programa de austeridade sem que se veja uma solução para a ratoeira da dívida em que está. A Itália promete intensificar as reformas estruturais e acelerar o esforço de equilíbrio financeiro em resposta à ameaça da agência de "rating" Standard & Poors de agravar o seu risco. A Fitch, outra agência de avaliação de risco, ameaça baixar o "rating" da Bélgica. E Espanha vê também as taxas de juro da sua dívida pública a longo prazo subir, por contágio ou por receio de que a vitória eleitoral do PP em muitas regiões onde estava o PSOE traga ao de cima, na já tradição europeia, dívidas escondidas.
É esta a Europa do euro em que estamos a viver. Arrastada pelos cabelos para um precipício sem fundo pelas agências de "rating" e pelos investidores porque, afinal, "quem pode confiar em quem se deixar afundar?". E, um a um, vamos assistindo à queda dos países do euro na armadilha da dívida. "Vamos tomar medidas", prometem. E essas medidas cavam ainda mais o buraco em que estão.'
Sem comentários :
Enviar um comentário