quarta-feira, maio 04, 2011

Rasteiras

"Quando Pedro Passos Coelho pediu a Bruxelas, há meses, que Portugal tivesse mais um ano para reduzir o défice, foi chamado de imaturo, irresponsável, desestabilizador". A frase é de Pedro Guerreiro no editorial do Negócios de hoje.

A tese a defender é espantosa.

É mais ou menos assim: o PSD defendia uma posição sensata e realista: a meta para o défice em 2011 era dura, por isso havia que flexibilizá-la. Por que razão isto não foi conseguido? Simples: porque o governo, esse, para além de teimoso e incompetente, é masoquista. Sim: masoquista. Gosta de fixar metas difíceis que mais ninguém lhe exige, apenas pelo puro prazer de se colocar à prova. Um pouco como nos desportos radicais. E a União Europeia, apesar de simpatizar com a proposta do PSD, tentou e tentou, mas não conseguiu demover José Sócrates e Teixeira dos Santos.

Pedro Santos Guerreiro não percebe o mínimo de como funciona a política interna da União Europeia - parece que o João Galamba tenta explicar-lhe aqui - ou já estamos no domínio do frete político?
    Pedro T.

2 comentários :

Teófilo M. disse...

Será que estes economistas liofilizados ainda não entenderam que com as novas normas impostas pela comissão euroipeia os défices evoluíram praticamente em todos os países da zona euro?
Será que este deslizar não acompanha, naturalmente, esse pressuposto, pois a não ser assim o esforço sewria muito maior?
Mas ninguém tem ido às aulas?

Anónimo disse...

Esse Guerreiro até arrastava um TGV de cascalho para agradar ao avô Cadroga e à finada Manuela. Frete é uma camionete de 4500kg