quarta-feira, maio 18, 2011

Tantos meses a preparar a medida e Passos Coelho não ouviu os empresários?

António Saraiva, presidente da CIP:

"Como vê a discussão acesa sobre a Taxa Social Única (TSU)?"
Mais uma vez, os nossos políticos teorizam e não falam com quem sabe. Quando se fala de empresas, temos de falar com empresários. Como não podemos desvalorizar a moeda, nem baixar os salários 30%, que é o valor que está calculado para sermos competitivos, tem de se reduzir o custo unitário do trabalho. Mais ao retirar por um lado, tem de se mostrar onde se faz a compensação, e nenhum político o fez até hoje. É fácil dizer que se retira a taxa intermédia ou reduzida do IVA, mas quando olhamos para os empresários que fabricam esses produtos, já o fazem a um preço superior a Espanha. Tem de se ver se não se está a dar competitividade, por um lado, com a TSU, e a retirar por outro. Portanto, cuidado quando se fala em descer a TSU e aumentar o IVA, porque se pode estar a mexer na competitividade".

João Machado, presidente da CAP:

"Tudo o que seja menos de 10 a 12 pontos percentuais, não tem efeitos. Se não, mais vale não fazer nada e não subir o IVA, porque esse aumento tem consequências muito grandes na retracção do consumo".

Paulo Vaz, secretário-geral da Associação Patronal dos Têxteis:

"Ou é uma redução significativa e impactante, e assim modifica o paradigma competitivo das empresas, ou andar a reduzir hoje 1% e amanhã 2% não tem qualquer efeito".

[Depoimentos no "Jornal de Negócios" de hoje (pp.6 e 7)]
    Pedro T.

4 comentários :

Anónimo disse...

Não há comentários ao desemprego neste blog?

Farense disse...

Pronto. O PPD ja encontrou a soluçao. Amanhã o petit lapin la vem dizer que "como o seu partido sempre tem afirmado, não haverá nunhuma mexida na TSU".
Ta resolvido o problema e sem contradiçao nenhuma!Como no IVA! É a quadratura do circulo.

rabino disse...

Perante o comentario do Eng.Saraiva,chego á conclusão que nunca mais vamos ser competitivos.Baixar em 30% os salarios para conseguirmos esse desiderato ,é ter esfomeados nos postos e trabalho...

Nuno disse...

Mas qual o peso dos salários nos preços dos produtos? Segundo Ferreira do Amaral são 10%. Uma redução de 30% nos salários tornar-nos-ia competitivos em 3%! Este Sir Aiva é ridiculo!