- • André Salgado, Coisas simples:
‘Era fundamental para o PSD que o acordo com a troika fosse significativamente mais gravoso e penalizador para os portugueses do que os termos previstos no malogrado PEC IV. Nisso apostava as suas fichas, por três razões claras: permitia-lhe defender que o PEC IV não tinha passado de um paliativo insuficiente e pouco realista (mesmo que bem recebido pela CE e BCE); vestia a narrativa do "estado a que isto chegou"; e dava uma cobertura insuspeita para que o país comprasse uma agenda ideológica, que, de outra forma, sabia ter poucas condições políticas para sugerir. Ao ser apanhada de surpresa pelos resultados - bem diferentes do que esperava - da negociação entre o governo português e os parceiros da troika, a direita fica com três enormes sapos para digerir:
- • O governo, afinal, sabia o que estava a fazer quando apresentou o PEC IV (o core business do acordo) e soube defendê-lo nas negociações. Passos Coelho, que o chumbou como inaceitável, vai agora assiná-lo, com outro nome e uns extras [oferta da São Caetano aos portugueses].
• É hoje cada vez mais claro aos portugueses a história e o preço de dois meses desperdiçados: a impreparação e a gula do PSD pelo poder.
• A agenda liberal terá que respirar por si própria. Se o PSD tiver coragem política para apresentá-la, por sua conta e risco.’
• A.R., A crise, a dos mensageiros:
‘Não há ajudas externas para os mensageiros. A sua crise é a da credibilidade. Não noticiam, palpitam. Não comentam, desdenham. Erram na gramática e na deontologia. Ninguém os quer matar, são eles que se suicidam.’
• Francisco Clamote, Entreacto na São Caetano:
‘(…)
- Pelo que dizes, parece que caminhamos para um desastre. Não te esqueças, porém, que ainda podemos contar com o Portas.
-Qual Portas? O que tu desconsideraste quando te propôs a formação duma coligação pre-eleitoral? Não penses mais no Portas como um amigo. É mais avisado considerá-lo como um adversário a temer. Lembra-te que o Portas tem sabido cavalgar a onda e já não esconde que pretende discutir contigo o lugar de primeiro-ministro.
- Não me digas! Já chegámos a tal ponto?
- Já e se queres saber sempre te digo que não é o país que está na bancarrota, como temos andado a apregoar, facto que a "Troyka", no fundo, acaba por desmentir. Quem está na bancarrota e em descrédito completo, somos nós!
(Cai o pano)’
• A. Moura Pinto, Outra mentira do moço de Massamá?
• Ana, De cada vez que vejo o Catroga
• Ana Gomes, Passos em falso
• André Salgado, Pergunta para génios instantâneos de economia
• A.R., A grande vitória
• Carlos Barbosa de Oliveira, Um mensageiro incompetente, ou um Coelho aldrabão?
• Carlos Manuel Castro, Passos Coelho despreza o partido credível e responsável que era o PSD
• Eduardo Pitta, O ESTADO A QUE ISTO CHEGOU
• Francisco Clamote, Subscrevo
• João Galamba, Sobre não ler o PECIV
• João Pinto e Castro, PSD vai fazer declaração pública de apoio ao acordo
• Miguel Silva, Elogio merecido
• O Jumento, Economistas da treta e Uma dúzia de lições que troika nos deu
• Pedro Adão e Silva, A pobreza da opinião
• Porfírio Silva, o pintam tem as costas largas
• Sofia Loureiro dos Santos, Das notas que tomamos (5)
• Tomás Vasques, O BE disputa o território do PCP.
• Valupi, Temos pena e E tu, Marcelo? Por onde tens andado?
• Vital Moreira, “Entre 1993 e 2008 duplicou a proporção do rendimento total auferido pelos 5% da população mais pobre”
4 comentários :
O post do Pedro Adão e Silva é um monumento.
Nem com os membros da troika a dizer que o PEC4 era insuficiente... vocês insistem sempre nesse argumento.
À parte, do que foi um "melão" bem madurinho...custa-me aceitar que, o CDS/PP... irá fazer uma OPA à S.Caetano - o caso não para menos, compra na baixa, como é aconselhável... e, por outro lado, reforçado como está... o largo do Caldas, vai comprar em leasing, um Porta Aviões, para lá meter toda nossa Marinha de guerra...
O Portas, é um rapaz cheio de ideias
Que parte do " não são necessárias mais medidas do que as consagradas no PECIV para 2011 " é que o anónimo não percebe? Explique lá o que era insuficiente para 2011 no PEC IV? E porque se continua a insistir que a ajuda já devia ter vindo há mais tempo? Que parte do "nós podemos e devemos resolver os nossos problemas sozinhos " é que não percebem? recorrer á ajuda externa é uma maravilha e ainda bem que ela existe porque assim podemos fazer porcaria quando quisermos que ela lá estará para nos acudir...que parte da " total perda de credibilidade e bom nome do pais nos mercados por boms anos" é que esta gente não percebe? O FMI teve de vir porque ums engraçadinhos queriam brincar ás eleições e agora que veio estão tão desiludidos porque as medidas não são tão duras como se esperava. E só não são duras porque as contas estavam uma desgraça, claro, o pais estava na bancarrota, pois então, por isso é que não são duras...tenham santa paciencia, enfiem a viola no saco e trabalhem para meterem um programa decente cá fora no domingo. Depois esperem pela pancada que merecidamente vão levar no rabito .
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