quinta-feira, junho 02, 2011

A secção laranja do DN e o desafio de Pacheco Pereira

A propósito da posição assumida por Pedro Tadeu, subdirector do DN que escreveu um artigo a divulgar a sua militância no PCP e o seu voto na CDU, Pacheco Pereira escreveu na Sábado que gostaria de ver os “porta-vozes” do passismo no DN a tomarem a mesma atitude:
    Fazia-lhes bem seguirem o exemplo de Pedro Tadeu e explicarem-nos num qualquer artigo de opinião que são militantes activos em blogues de apoio a Passos Coelho, na campanha e no marketing do PSD, e que só um cego não percebe como isso tem a ver com o modo como escrevem, titulam, valorizam em fotos e enquadramento a sua causa É que se dá por isso muito bem, mas sem haver a transparência de o dizer aos leitores do jornal.
Provavelmente, o estratega da malograda Dr.ª Manuela deu como exemplo o DN porque se trata de um caso extremo, quase doentio, em que a propaganda a Passos Coelho vai mais longe do que alguma vez o Povo Livre teria coragem de ir.

Tal como acontece em relação a mim quando faço alusão à “secção laranja do DN”, o Miguel Marujo atirou-se a Pacheco. Isso só contribui para o reforço da linha editorial inquinada que o DN abraçou — tanto mais que Pacheco, como eu também já disse muitas vezes ao Miguel Marujo, até tem o cuidado de sublinhar que isso não acontece em todas as áreas do jornal nem com todos os jornalistas. Não percebo por que razão há-de o Miguel Marujo dar o corpo às balas para legitimar os atropelos e as manipulações constantes dos “porta-vozes” do passismo.

4 comentários :

Miguel Marujo disse...

ó Miguel, porque é um escarro generalizar como fazes aqui tantas vezes, e como faz o senhor deputado do PSD que não se apresenta como tal e como não faz esse mesmo senhor sobre os jornalistas e os jornais que lhe pagam principescamente. E eu assino com o meu nome de sempre.

Anónimo disse...

Bem...presunção e àgua benta cada um toma a que quer...para mim o PP até pode assinar como guardador de perús. Há decadas que é figura publica e até de costas e em noite de nevoeiro se lhe reconhece o estilo, as motivações, as estratégias. Já MM não me diz nada. Se assina peças como jornalista, há coisas que lhe são exigiveis das quais PP está dispensado. Agora entendo que não dê jeito reflectir assim...

Sousa Mendes disse...

não sabe o que isso é? O Pacheco e o professor aldrabão fazem-se passar por tudo e torcem a "estória” como muito bem lhes dá jeito, mas não são jornalistas! Nem estão obrigados ao seu código de ética! Se calhar, as TV e os jornais onde escarram é que deviam identificá-los correctamente, mormente segundo as suas opções politicas, como sucede em tantos países!
Em Portugal, os xornalistas fazem campanha política partidária desavergonhadamente fazendo-se passar por isentos! Isso, sim, é uma vergonha e mete nojo!

Teófilo M. disse...

Será isto mentira?
"No Diário de Notícias, em 30 colunistas, dezasseis são declaradamente anti-Sócrates. Desses, dois são nomes de expressão nacional: Vasco Graça Moura e Baptista-Bastos. Pedro Marques Lopes é um homem moderado, mas defende as cores do PSD. Dos restantes, os únicos que por norma não atacam o PS são Mário Soares, Adriano Moreira, Fernanda Câncio e Ferreira Fernandes" é que, sendo, gostaria de saber o que é que a palavra jornalista significa?
Por outro lado, bom seria que não se confundisse jornalista com comentador, ou não estarei certo?