quinta-feira, julho 28, 2011

Despedir, despedir, despedir



• Emídio Fernando, Ordem para despedir:
    ‘Enquanto o Governo hesita em assumir claramente que defende uma lei laboral mais flexível que facilite os despedimentos individuais, é bom recorrer ao pensamento do ministro Álvaro Santos Pereira que, entre tantas tutelas, é o máximo responsável pelo Emprego. Sem véus, sem tabus, e sem dúvidas, o actual ministro escrevia isto, em Dezembro de 2010 (já prevendo que iria haver um novo governo em breve).

    "É mais do que evidente que uma das reformas que será levada a cabo nos próximos tempos é a reforma das leis laborais. E não, não estou a falar de somente de tornar os despedimentos mais baratos. Estou mesmo a pensar (oh heresia!) numa maior flexibilização dos despedimentos individuais. A verdade é que, para o bem ou para o mal, uma flexibilização das leis laborais é simplesmente inevitável, quer seja com este governo (se assim for forçado pelos nossos parceiros europeus), quer seja com o próximo governo (o mais provável)."

    O artigo completo, com análise filosófica sobre os despedimentos, as medidas que devem ser tomadas e respetivas propostas, pode ser lido aqui: sem mitos, de facto.’

8 comentários :

Anónimo disse...

Estou a ver, vamos ser depenados. Depois, sem tostão, escanzelados, seremos psotos no olho da rua com um pontapé no...

Anónimo disse...

Este Alvaro não me vendia um carro!

mariamar disse...

Como se estimula a economia e se combate o desemprego que cresce, com a facilitação do despedimento?

Anónimo disse...

"muitos dos países onde as leis laborais são menos rígidas (isto é, onde é mais fácil despedir trabalhadores individuais) são exactamente países que têm Estados Sociais fortes (p. ex, a Dinamarca ou o Canadá). "
Ou seja voçês estão contra isto?
E a favor disto?
"Portugal é um dos países da OCDE com maior incidência de trabalho precário"

Anónimo disse...

Mas esses países têm estados sociais fortes PORQUE as leis laborais são menos rigidas??
Essa conclusão é abusiva enão apenas baseado na citação entre aspas!
No actual contexto facilitar o despedimento é ideológico, embora nos vendam isso como se de eficiência económica se tratasse.
As empresas contratam quando têm expectativas de vender mais e não pq posso despedir mais facilmente.

Anónimo disse...

A dificuldade em reconhecer especificidades de cada pais no que toca á aplicação de regras destas é o que está em causa aqui. O Leitor acha portanto que o nosso tecido empresarial se comporta como o Canadiano ou Dinamarquês? Acha que é responsavel e produtivo como o dos dois paises que indica. O que o leva a crer que são as leis laborais que têm de mudar e não a mentalidade de quem deveria criar emprego neste pais e que apenas pensa no lucro momentaneo, nas rendas e no lucro fácil?
Não compare também o nosso tecido laboral com o destes paises : estamos a milhas de luz destes dois exemplos no que diz respeito á formação do trabalhador ( e portanto á sua maior mobilidade no mercado). Eventualmente a flexibilização das leis laborais poderá ser benéfica em paises com economias altamente produtivas e com uma classe trabalhadora muito bem preparada, o que não é o caso portugues. Por cá, a unica coisa que vai provocar é despedimento massivo de trabalhadores mais antigos e sua substituição por trabalhadores mais jovens , mais baratos e sem direitos. E esta é uma realidade que é impossivel contornar por teorias neo liberais de chacha como são as deste governo.

Teófilo M. disse...

Ora aí está o Álvaro no seu melhor. Mistura tudo na batedeira e depois sai... asneira.
Se ele conseguir que Portugal seja socialmente idêntico à Dinamarca ou ao Canadá, não me faz grande confusão ter leis laborais mais flexíveis. O pior é que o Álvaro quer fazer isto na terra dos baixos salários e onde os direitos sociais são dos mais baixos.

Rosa disse...

Aplaudo e concordo plenamente com as análises e conclusões dos 2 anteriores comentadores...
São bem claros e "puseram o dedo na(s) ferida(s)...