sexta-feira, agosto 05, 2011

Lembram-se, por exemplo (entre tantas), da história fantástica de que Belém estava sob vigilância por parte do Governo Sócrates?

• Fernanda Câncio, Habituem-se:
    ‘O PM que se especializou em chamar mentiroso, entre outras delicadezas, ao PM que o antecedeu já foi ao Parlamento garantir que não mente quando diz que não mente. "Não tenho por hábito desmentir categoricamente para ocultar a verdade", disse, a propósito do alegado pedido de informações aos serviços de segurança sobre Bernardo Bairrão, o ex-administrador da TVI que ficou célebre por se ter despedido para ser secretário de Estado e acabou desempregado. A curiosa frase, que parece informar-nos de que só os desmentidos categóricos do PM são para levar a sério, surgiu na mesma intervenção em que este negou, sem ser categoricamente, que Bairrão tivesse sido sequer convidado.

    Longe de mim chamar mentiroso a alguém, quanto mais a um primeiro-ministro, sem provas. Mas custa um pouco a crer que Bairrão se tivesse despedido a correr da TVI só para lhe criar um problema de comunicação. Quanto ao pedido de informações à Secreta, estou em crer que nunca saberemos a verdade, pelo que cada um acreditará no que quiser, dizendo o que melhor lhe aprouver. Foi a isso, aliás, que nos habituámos, sob a batuta do partido deste PM, a avaliar as coisas. Não interessa o que podemos provar; interessa aquilo em que nos dá jeito acreditar e as acusações que consideramos vantajosas. Lembram-se, por exemplo (entre tantas), da história fantástica de que Belém estava sob vigilância por parte do Governo Sócrates? O PSD cavalgou-a deliciado, chegando a então presidente a asseverar, num comício, que o jornal Público estava sob escuta (uma invenção do então director do diário, que acusou os serviços secretos de entrar nos seus mails, para no mesmo dia ser desmentido pela própria administração). Dava jeito? Acusava-se. Depois - ou seja, nunca - logo se via.’

1 comentário :

Anónimo disse...

O PPD tem a quadrilha de sabujos mais aldrabões que conhecemos.
Com a ajuda de jornalistas e meiso de ocmunicaçao, numa atitude de manipulaçao e distorção da realidade como nunca vi emPortugal.
Nem nos tempos da ditadura.