A palavra aos leitores

De um e-mail enviado por Rogério L.:

'Do fim-de-semana o mais importante a reter é que o Expresso voltou a tornar-se um jornal de referência. Será que algum dos responsáveis já foi de férias?! Nesta promiscuidade que é cada vez mais a decisão política e os interesses económicos, são de extrema lucidez os artigos de Nicolau Santos e de Manuel Pinho. Para que não se diga mais tarde que não se pensava que o resultado fosse esse ou que não havia alternativa!

Este afã privatizador não só é economicamente irracional (vender o que quer que seja, num momento em que o mercado está em baixa e anunciando aos 4 ventos que há necessidade de vender a qualquer preço (como, sobretudo, é um erro estratégico para o interesse nacional). Como diz Manuel Pinho, nem os empedernidos liberais dos Estados Unidos ou de Inglaterra defenderiam que se vendesse sem cuidado nem controlo uma área tão importante para o país como a da energia.

Até parece que se quer mesmo entregar as empresas a estrangeiros:
- as golden-share foram eliminadas sem contrapartida.
- o BPN já foi entregue aos angolanos representados pelo ex-ministro cavaquista por 40 milhões, quando o Estado ainda vai ter que lá injectar 550 milhões?
- na REN sabe-se que a Logoplaste de Alexandre Relvas tem o maior interesse (excepto para divulgar os rendimentos, lembram-se?) e agora diz o Jornal de Negócios que "Champalimaud apoia estrangeiros na REN".'

Ou seja, as coisas em Portugal não estão bem, excepto para quem está a fazer negócios à custa de todos nós.