O que aqui está em causa não é nem uma boa intenção mal concretizada, nem um conglomerado de medidas avulsas e provisórias para responder a uma emergência.
É uma política no sentido pleno do conceito:
a) porque exprime uma visão reaccionária do mundo e da sociedade;
b) porque desenvolve uma linha de acção orientada para a protecção da minoria privilegiada e, especialmente, para a perpetuação das desigualdades que afectam a maioria; e,
c) porque incorpora um objectivo de legitimação de um poder orgânico da minoria privilegiada, isto é, no limite, de um poder não democrático, não contingente.
E o que é que a velha direita conservadora, reaccionária e confessional – que estes jovens governantes tão ingénua e alegremente representam – tem dificuldade em compreender?
Pois, justamente, o conceito simples, moderno e democrático da virtude sem testemunhas.
- Afonso
5 comentários :
Por isso é que dá jeito que existam muitos "pobrezinhos"...
Os sujeitos das IPSS arranjam desta maneira motivos para ir ao "pote" e dar algum à caridadezinha e o outro (a maior parte) a alambazar-se!
Se tivessem deixado algum dinheiro no pote não era preciso caridade.
É isso mesmo , Anónimo das 07:33. Eu que já FUI voluntária numa pequena IPSS sei do que fala.(Claro que deve haver excepções mas ...).Quem não se lembra , por exemplo, dos personagens dos Órgãos Sociais da AMI?
Quanto mais cheio o pote estivesse mais se alambazavam estes sujeitos.Se o leitor acha que assim é que está bem...
A "caridade" existiria sempre pois continua a haver despesas sumptuárias(CGDepósitos,assessores, secretários(as),etc...
De facto o dinheiro desaparece e ficam somente uns restitos e umas pequenas benesses para os cada vez mais desfavorecidos...
Já aqui o disse: isto só me faz lembrar o tempo da ditadura...os chás de beneficência, o movimento nacional feminino e outras caridades semelhantes...
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