segunda-feira, agosto 08, 2011

Viagens na Minha Terra

    • Irene Pimentel, Quem tem unhas toca viola?:

      ‘(…) Eu penso que estamos a ser governados por jovens de Direita, cuja mobilidade ascensional social, como a da generalidade dos portugueses, foi possibilitada (e bem) pela democratização social, política e económica proporcionada pelo Estado social dos últimos 36 anos. Esta mobilidade ascensional social pode ser encarada como um bem que deve ser retribuído por aqueles que dele já beneficiaram, ao ser mantido, aprofundado, alargado a mais pessoas e deixado em herança aos que vêm depois de nós. Esta atitude implica a manutenção do Estado social, com o alargamento e aperfeiçoamento da Escola pública e a viabilização do Serviço Nacional de Saúde, para só falar nestes dois factores. Mas esta mobilidade ascensional pode ser encarada de outra forma: ou seja, como algo que já tendo chegado a alguns, fique por esses mesmos, pois consideram que «quem tem unhas toca viola» e que eles próprios se incluem nesse grupo. Com desprezo, acham que outros não tocam viola por não terem unhas, por culpa própria, mas como são muito «decentes» não os querem ver na rua, pelo que lhes reservam a assistência social caritativa, à qual são o nome de «emergência social».

      O que se está a passar em Portugal há um mês, e rapidamente – não compartilho a ideia que nada está a ser feito, antes pelo contrário –, é, para mim, de bradar aos céus. Para só falar de duas “reformas” já concretizadas ou iniciadas, lembro-me das nomeações na caixa Geral de Depósitos – a preparar aliás o caminho para a transformação da mesma - e a compra do BPN pelo BIC. A propósito deste assunto, quem anda a explicar, na imprensa e TV, que a «verdade é que, com este acordo de compra do BPN, se encerra o mau negócio do passado» é… o Eng.º Mira Amaral, precisamente o advogado em causa própria, dirigente do BIC, que comprou o BPN. Até agora, também houve um aumento exponencial do preço dos transportes e um imposto de Dezembro – escondido e negado na campanha eleitoral -, reveladores de uma falta de sensibilidade social. (…)’

    • António Larguesa, Colossal? “Jamé”! Habituem-se… raramente me engano
    • A.R., BPN
    • Carlos Barbosa de Oliveira, Disse-me uma Joaninha...
    • EcoTretas, As tretas do Álvaro
    • Estrela Serrano, Medo de quem?
    • Hugo Mendes, Big society
    • Irene Pimentel, Da Assistência Social à Emergência Social (À atenção do Senhor Ministro da Segurança Social)
    • José Albergaria, Shabat Magritte: os Órgãos Sociais da CGD
    • Nuno, As meias promessas e as meias nomeações
    • Pedro Sales, De Janeiro a Janeiro, pagamos mal o ano inteiro
    • Sofia Loureiro dos Santos, Assistencialismo de estado
    • Vital Moreira, Factos

1 comentário :

Portas e Travessas.sa disse...

Tiveram a ideia, de dar aos pobrezinhos os medicamentos em fim de prazo - pois bem.


Em fim de prazo, os laboratórios, ou alguém por eles, (armazenistas), são obrigados a receber os medicamentos para a "queima"


Quero com isto dizer, que as farmacias raramente tem quebras com o medicamento em fim de prazo. - é uma questão de gestão de stock...mas sempre o fizeram.


Dizem agora... que em vez de ir para "queima" dão aos pobrezinhos - como exemplo:


[ um pobrezinho é asmático,,,recorre ao farmaceutico, - este deteta asma, mas que, não tém nenhum medicamento perto do final do prazo...tem sim... um antibiotico, com uma duração válida de 1 semana - qual procedimento do farmaceutico.


É claro, dá-lhe o antibiotico ou não?


Neste caso... vai comer umas sopinhas de cavalo cansado