O procurador-geral da República anunciou que mandara abrir um inquérito-crime para investigar o caso da ocultação de dívidas públicas na Madeira. Sem demora, Pinto Monteiro acrescentou que o inquérito não visava ninguém em concreto. Estamos, portanto, perante um caso análogo ao de alguém cuja carteira é surripiada por um larápio e vai apresentar queixa à esquadra contra desconhecidos.
Acontece que Alberto João Jardim foi mais longe do que a pessoa a quem surripiaram a carteira: “Nós estávamos em estado de necessidade e, por isso, agimos em legítima defesa”. Assim sendo, há um responsável e só resta ao procurador-geral da República levá-lo a julgamento. Chama-se José Sócrates, o único político “que fez esta pouca vergonha toda à Madeira, [porque] tinham uma lei em que o Governo da República podia aplicar sanções sobre o Governo regional, se o governo regional continuasse com obras a fazer dívida, porque eles não nos tinham dado o dinheiro e não nos autorizavam a fazer dívida”.
2 comentários :
A abertura do inquérito peca por tardia. Parece mesmo que estiveram à espera da luz verde dada pelo PM na entrevista de ontem. Um inquérito visa sempre alguém, ainda que o dito alguém possa ser desconhecido. No caso, o alguém é bem conhecido. Haverá outros alguéns e que, sendo menos conhecidos, não serão desconhecidos.
Epá, não lhes dêem ideias! Com um bocadinho de jeito e um ou dois procuradores amigos ainda pegam mais esta nas costas so Socrates. Livra!
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