- ‘Confesso que ainda não percebi muito bem o que é que nos mercados financeiros se entende por “reestruturar” uma dívida. Mas o bom senso sugere que seja pelo menos uma de três coisas: diminuição do montante, alongamento do prazo ou redução da taxa de juro.
Daí a minha surpresa pelo compromisso que o Governo assumiu numa cimeira recente: "Exclusão total de qualquer cenário de reestruturação da dívida". Será que avaliou as consequências?
(…)
Com isto volto ao ponto de partida: assumir o compromisso de que jamais faremos uma reestruturação da dívida é uma tontice. A reestruturação é inevitável e o lapso só pode ter uma de duas explicações: ou o Governo não percebeu ou decidiu empurrar com a barriga e depois logo se vê. Receio o pior: quando o momento da reestruturação chegar, alguém vai lembrar-nos de que o compromisso existe e deve ser respeitado; se não o fizermos, a alternativa é o caminho da porta - e a saída do euro.
Que pensa disto Vítor Gaspar?’
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