sábado, setembro 03, 2011

Passos contra Coelho (ou o país que arranjou um primeiro-ministro de borracha)

Expresso, 3 de Setembro


O que tem chamado a atenção dos jornais são as divergências entre Passos Coelho e Paulo Portas em relação aos eurobonds, divergências que o presidente do CDS fez agora questão de enfatizar: “Estou interessado na ideia dos eurobonds”.

Mas a mim faz-me mais confusão que Passos Coelho tenha abalado para a Alemanha com uma posição e tenha de lá vindo com outra. É que, há pouco mais de um mês, “Passos queria 'eurobonds' para combater agências de rating”.

Foi só preciso pôr um pé na Alemanha para que a Sr.ª Merkel ensinasse a Passos Coelho o que queria que ele dissesse: “Acompanho em grande medida aquilo que disse a senhora Merkel. Não podemos olhar para um princípio de obrigações europeias como uma forma de resolvermos os problemas que temos agora de excesso de divida”. E mais espantoso ainda é que Passos Coelho, para justificar a cambalhota dada, usou os argumentos de Merkel — que não são, naturalmente, os que servem Portugal.

Como diz Seguro, Passos "rendeu-se, capitulou".

6 comentários :

José Neves disse...

A mesma canbalhota, ou outra cambalhota, deu ele quando saiu da conversa com Merkel e já aceitava sem dúvidas a referência na contituição àcerca do deficit máximo.
Quando para lá foi dizia que não havia necessidade, pois já isso estava de certo modo estipuldado como indicação obrigatória.
O pobre inválido de ideias, pensamento e sobretudo de coerência, pensa que papagueando a senhora Merkel ganha a sua amizade e condescedência quando afinal, se deixar ir pode ser um menino na mão das bruxas: a Merkel defende o seu país e Portugal estará,na lista das suas preocupações, na casa de arrumos e o ppc a fazer de cuco de relógio.

MFIGAS disse...

Parece-me que temos de deixar estes eufemismos e começar a chamar os bois pelos nomes: temos um primeiro ministro que não é nenhuma sumidade intelectual e que fala sobre os temas de rama e sem qualquer substracto teórico.
Uma nulidade em suma, que deriva em função da maré...

Anónimo disse...

O Bloco de Esquerda tomou conhecimento, através da comunicação social, da possível existência de um crédito concedido pelo BPN à Amorim Energia para a compra de uma participação na Galp.

Segundo a notícia, o crédito, da ordem dos 1600 milhões de euros, teria sido concedido pelo BPN à Amorim Energia em 2006, antes do processo de nacionalização. A mesma fonte avança que o empréstimo não chegou a ser pago pela holding ao BPN, mantendo-se assim a divida de 1600 milhões de euros durante todo o período em que o Banco esteve na posse do Estado.

Acresce a esta informação o facto de a Amorim Energia ser uma holding detida, não apenas por Américo Amorim, mas que tem como accionistas a Santoro Holding Financial, de Isabel dos Santos, e a Sonagol. Como é conhecido, a Santoro Holding Financial, para além de accionista da Amorim Energia, é também accionista maioritária do Banco Internacional de Crédito, a quem o Estado irá vender o BPN. Desta forma, a venda do BPN, com os seus créditos, ao BIC, poderá implicar que o crédito de 1600 milhões de euros seja pago pela Amorim Energia a um banco que tem como principal accionista a própria devedora.”

Pergunta o deputado João Semedo:

“1. Confirma o Governo a existência de um crédito, por liquidar, da Amorim Energia ao BPN? Em caso afirmativo, qual o seu valor?

2. Caso exista, como explica o Governo a não execução do referido crédito para fazer face aos prejuízos associados ao BPN, durante os anos em que o banco esteve na posse do Estado?

3. Confirma o Governo que o referido activo se encontra num dos três veículos constituídos pela Caixa e transferidos para o Tesouro?

4. Perante o cenário de venda do BPN ao BIC, qual a situação do referido activo? Ficará em posse do Estado ou será incluído no pacote a privatizar?

5. Pode o Governo divulgar a lista de todos os créditos, incluídos nos veículos transferidos para o Tesouro, acima dos 250 milhões de euros?” (retirado daqui)


Eu também quero saber. O Governo anunciou hoje mais um corte, no valor de 1521 milhões de euros. Se a Amorim Energia pagasse o que deve, não seria necessário sacrificar novamente a nossa Saúde, a nossa Educação e a nossa Segurança Social. Não seria necessário o novo apertão dado a quem já foi tão apertado. Eles têm mais do que o suficiente para pagar. Podem pagar. E, para que não paguem, pagamos todos nós.

Farense disse...

Este PM é um poço de contradições. Desde que chegou à liderança do PSD o seu percurso é um contínuo ziguezague de contradições e mentiras.
Este PM, com o apoio do PR, chegou ao poder tendo como estrategia a mentira.
E mantem-se nesse rumo. Sempre coerente coma estrategia da mentira e de fazer o contrario do que prometeu.
Vale a pena ler o que a Fernanda Cancio, ontem no DN, "repescou" dos seus "discursos" ao longo dos pouco meses que está em cena.
Alguém ficará ainda com duvidas de quer estamos na presença de um aldrabilhas? Um fulano sem preparação intelectual e tecnica para as funções de PM?
Á excepção de POrtas o resto do governo são uns tecnocratas ou academicos sem experiencia de vida.

Anónimo disse...

tenham calma, o homem não passa de um " coelho " temeroso e acossado.
a merkel, o sarkozy, o gaspar abrem os olhos e ele enfia-se na toca.
o outro era mentiroso ?
este é ALDRABÃO !!!!
o outro era combativo ?
este é um ......

FNV disse...

Como diz um assessor da propaganda deste governo, PPC é uma alforreca.
Suponho que o JGonçalves queria apelar para a natureza ( política)gelatinosa de PPC.
Tinha razão.