José António Lima, porta-voz da trupe mendista no
Sol, escreve hoje uma croniqueta descabelada contra o PS por não ter ido atrás da populista criminalização do chamado enriquecimento ilícito (podendo a posição do PS ser lida
aqui). Acontece que, nesta edição do
Sol (p. 4), são recolhidas opiniões de alguns conceituados juristas:
• Magalhães e Silva, que considerou uma “vitória efémera” a aprovação na generalidade dos três projectos apresentados, sustenta que seria “inconcebível que o Tribunal Constitucional permitisse a condenação penal com base em qualquer dos projectos”;
• Vital Moreira não podia ser mais acutilante: “Na Inquisição é que os acusados tinham de provar a sua inocência, e não os acusadores”;
• Paulo Mota Pinto, deputado do PSD que já foi juiz do Tribunal Constitucional, afirma que os projectos aprovados lhe “suscitam sérias dúvidas, quer no plano da sua conformidade constitucional, quer no da conveniência político-criminal”.
Perante este elenco de abalizadas opiniões, bastaria ao adjunto do pequeno grande arquitecto Saraiva — para não dizer disparates — dar uma vista de olhos pelos artigos que o seu próprio jornal iria publicar na edição de hoje. Infelizmente, tal como acontecia quando a dupla Saraiva & Lima aparecia no cabeçalho do
Expresso, o
Sol não é propriamente um semanário, mas uma federação de jornalistas em que cada um dá o que tem — e alguns só têm para dar a voz de outros.
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