quarta-feira, outubro 26, 2011

Arrastadeiras e afins: atafulhar ou não os gabinetes ministeriais?

Quando um ignorante e um mentiroso compulsivo se juntam numa mesma pessoa, o resultado dá uma mistura explosiva. Passos Coelho comprometeu-se, durante a campanha eleitoral, a reduzir drasticamente a dimensão dos gabinetes ministeriais, garantindo então que haveria regras muito rígidas para as equipas ministeriais, que “poderão recrutar um ou dois adjuntos”, tendo de recorrer aos quadros da administração pública para compor o resto das suas equipas.

Mesmo nas vésperas das eleições, Passos Coelho, entrevistado na TSF, foi mais longe: comprometeu-se a fazer uma lei que obrigaria, até ao final do mandato do Governo, a reduzir para metade o número de assessores dos gabinetes ministeriais.

Hoje, já estamos em condições de avaliar o regabofe que aconteceu após as eleições, em que raras foram as individualidades recrutadas no seio da Administração Pública e os gabinetes ministeriais rebentam pelas costuras.

Mas Passos Coelho voltou ontem à carga na conferência do Diário Económico: o Governo pretende também «acabar com esta ideia de um Estado paralelo que é construído dentro dos gabinetes dos ministros e dos secretários de Estado e que desqualifica a Administração», impondo que assessores e adjuntos sejam recrutados «na Administração Pública» de forma a impedir que «cada vez que um Governo é substituído ou uma equipa ministerial é substituída todo o saber, toda a competência saia com os titulares desses lugares» e fazer com que esta permaneça «na Administração para que seja efectivamente do Estado e não do Governo».

Chegados aqui, uma dúvida se coloca: esta lei é para aprovar já, correndo por conseguinte com as arrastadeiras que infestam os gabinetes ministeriais, ou é para produzir efeitos na próxima legislatura, quando este governo tiver sido sovado?

3 comentários :

O Galã de Massa Má disse...

Sr. Miguel Abrantes
Dobre a língua e diga, idiota, ignorante e incompetente e, em consequência, mentiroso compulsivo.

Unknown disse...

O País não são números.
O País são os idosos que merecem um fim de vida digno.
O País são as crianças que merecem ter um futuro e poder ter esperança de o alcançar.
O País são as pessoas do nosso Povo, com todas as suas limitações mas todas as Lusas qualidades.
O País, senhores governantes, somos todos nós.

Quando foi que nos esquecemos de governar para as pessoas?

Vejam lá se entendem isto:
O objectivo de um Governo é criar as melhores condições de vida para os cidadãos de um país.

Quais são os desejos de um Povo? (infantilmente explicado)
- ter um emprego que lhe permita condições financeiras dignas e um tecto
- ter um bom sistema de saúde onde se possa cuidar
- ter um sistema de justiça rápido e justo
- ter um sistema de educação onde possa confiar os filhos
- ter serviços públicos eficazes
- ter um sistema cultural bem cuidado que conserve a identidade nacional
- ter governantes que zelem por estes interesses e não sejam corruptos

Senhores Governantes, parece-lhes que fazem alguma coisa disto?

Acham que o Povo se interessa pela dívida, pelo défice, pela balança comercial e pelo raio que os parta a todos?

Conseguem enfim perceber porque o Povo está divorciado da política e não confia naqueles que são eleitos para os representar?

A vossa actuação política está dissociada do objectivo de vida do vosso Povo.

Vocês não estão a governar para fazer cumprir as expectativas da sociedade que representam.
Governam para defender os objectivos de quem?

É tão difícil de entender?!


Ou são incompetentes ou têm uma agenda própria.
Já agora, choca-me que nos dias que correm apresentem todos os sacrifícios como inevitabilidades.
Ou passamos fome ou o País fica sem dinheiro.


Se eu sempre paguei os meus impostos como raio não têm dinheiro?

Anónimo disse...

Gostava mais que em vez de sovado fosse escovado.

Leonor Pinto