- 'Houve, entretanto, uma mudança política. A partir de meados de Agosto, Angela Merkel mudou de discurso. Passou a dizer duas coisas igualmente importantes: que a Alemanha foi, de longe, o maior beneficiário da moeda única; que salvar o euro e salvar a Europa era o interesse alemão.
Com a pressão internacional a crescer sobre a Europa, com a ameaça séria de uma nova recessão nas economias desenvolvidas, chegou a acreditar-se que esta cimeira poderia vir traduzir essa mudança, abrindo as portas para uma solução radical. Ainda não estamos aí. "Com todas as suas limitações internas, a chanceler não pode resolver sozinha a crise do euro", escrevia Katinka Barysch, do Center for European Reform. "Mas ela pode e deve fazer a transição de chanceler alemã para líder europeia", acrescentava a analista de Londres. Merkel ainda não se transformou num Kohl. Com Kohl, a Alemanha estava disposta a pagar por um bem maior. A Alemanha de Merkel ainda não decidiu qual é o preço que quer pagar por esse bem, mesmo que aparentemente tenha chegado à conclusão de que é valioso.'
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