sexta-feira, outubro 21, 2011

Quem parte e reparte e não fica com a melhor parte…

• Inês de Medeiros, Já chega! [hoje no Público]:
    ‘Há anos que o sector cultural está, em Portugal, sujeito a um discurso dominado pela demagogia e a irracionalidade. Depois da denúncia dos ditos "subsídio-dependentes" levada até à exaustão sem que ninguém se digne a verificar onde, quem, como, porquê e para quê a existência de um sistema de apoio público às actividades culturais, depois do indigente discurso sobre a questão do público, eis o culminar da irracionalidade com o aumento de 6% para 23% da taxa de IVA nas actividades culturais.

    Em todas as actividades culturais? Não, todas não. Qual aldeia gaulesa o sector do livro escapa. Não que eu ache que o sector do livro devesse estar incluído. Só posso aplaudir que ele não seja abrangido, mas não deixa de ser confrangedor que o único sector que o secretário de Estado conhece em profundidade seja também o único para o qual arranjou argumentos convincentes para evitar esta subida brutal da taxa do IVA.’

2 comentários :

Anónimo disse...

Arte poderá ter mas também tem, certamente, muito de tolo( vaidoso).

Rosa disse...

"Presunção e água -benta cada qual toma a que quer"- ditado bem antigo.
Mas é uma perfeita aberração este aumento do IVA na cultura...depois fica-se unicamente com as telenovelas televisivas que pouco ensinam e para as quais(na minha opinião) "já não há pachorra"...
A recessão é material mas também afecta a liberdade de escolha das pessoas. Isto é que é "asfixia democrática".