- ‘5. O conjunto das medidas alinhadas na parte "laboral" do "memorando" assenta na ideia de que em Portugal se trabalha de menos e se ganha demais. Pouco interessa se a relativamente baixa produtividade do trabalho se deve às opções produtivas e aos critérios de gestão das empresas. São irrelevantes o destino dos "excedentários" e o fado dos desempregados que perdem o subsídio. Não importa que a qualidade média do emprego em Portugal seja já tão baixa que contribui para uma exuberante economia paralela - com prejuízo crescente para as finanças do Estado e da Segurança Social. Nada interessa que a coesão social seja neste momento um factor absolutamente vital. Provavelmente, entende-se que a coesão social depende da vontade das pessoas e não de circunstâncias objectivas. Actua-se deste modo em obediência a uma fé cega e surda que resiste à prova dos factos. O exercício estaria há muito condenado, se não envolvesse quem vive na emergência, em estado de necessidade extrema. Ora, no fundo de nós próprios, todos sabemos o que valem os acordos feitos em estado de necessidade.’
terça-feira, novembro 22, 2011
A austeridade laboral segundo a troika [5]
• António Monteiro Fernandes, A austeridade laboral segundo a troika [ontem no Público]:
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1 comentário :
Resumindo, quanto mais baixarmos as calcinhas mais teremos de baixar a seguir.Resta saber até onde vão as calças do povão.
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