Refiro-me à síndrome do «é preciso mostrar aos mercados, à troika, que temos que receber muito bem para eles verem como somos bonzinhos e agradecidinhos, à europa, ao presidente americano, ao bce, à merkl, etc., que estamos a ser muito bem comportados, muito exemplares, muito bem comportadinhos, que não somos como os relapsos dos gregos ou dos italianos, que podem confiar que a gente obedece sempre, enfim, que tudo faremos para ser alunos bonzinhos, obedientes e caladinhos.»
E digo uma certa direita porque há outra - de que discordo, mas que admiro e respeito – uma direita dizia, que ama o seu País, que se revê na sua história, uma direita insubmissa e valente.
Ora, é esta ‘ausência de consciência superior de nacionalidade’, para usar uma frase de F. Pessoa, que é especialmente repulsiva nesta nova direita serventuária dos interesses e do bezerro de ouro. Para esta nova direita defender o País resume-se a “fazer tudo como eles querem que assim terão piedade de nós e, mais tarde ou mais cedo, virá a recompensa”.
Santa ingenuidade. A um animal de carga ninguém dá recompensas. Dá-se apenas o alimento necessário para suportar nova carga.
A direita precisa rapidamente de um indisciplinador.
A esquerda já o é por natureza.
- Afonso
2 comentários :
A direita precisa é de ser derrotada nas próximas eleições mas com o PS a abster-se num OE de vergonha não estou a ver quem possa ir para lá!
Era mais ou menos disso que falava a Helena Roseta...mas uma "plataforma cívica" não tem "know how"(pelo menos por agora, para fazer seja o que for...é para isso que existem os partidos políticos...mas eles estão numa grande confusão...pensam mais neles próprios e nas suas clientelas do que nas pessoas...
O PS tem tentado...mas com esta direita convenhamos que é muito difícil...
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