sexta-feira, novembro 04, 2011

O pote



    ‘O modelo escolhido para as privatizações é completamente discricionário. Não implica concursos, consultas abertas ao mercado, nada que possa ser escrutinado pelos concorrentes e pelos portugueses. O governo vai decidir por si, por razões que só ele define e avalia, e não tem contas a prestar a ninguém. Considerações como os “interesses estratégicos” são outra maneira de acentuar a discricionariedade com grandes palavras, cuja vacuidade pode servir para tudo. Isto é um absurdo, está diante dos nossos olhos, e passa incólume pela indiferença geral. Pior ainda, o primeiro-ministro revela preferências em público, no caso da EDP, pelos brasileiros, ainda nem sequer está definida uma qualquer short list de concorrentes às privatizações. Acresce que a privatização da EDP parece ser uma das mais apetecíveis e que mais concorrência suscita entre grandes grupos estrangeiros.’

5 comentários :

André disse...

O Pacheco, agora sem Sócrates, ficou mais lúcido. O ódio toldava-lhe o raciocínio.

Anónimo disse...

Pacheco conhece bem os gostos e hábitos dos ursos.

Rosa disse...

Para o Pacheco Pereira dizer isto...

Zeca disse...

Até o Pacheco acha que se está a passar dos limites.
Mas será que ninguém pára esta gente?
Esta mistura de palermice, desonestidade e desfaçatez onde vai levar o país?
Agora começo a perceber como é que permitimos meio século de fascismo.

Joaquim O. disse...

O momento insólito do nim de ontem é também o momento decisivo do silêncio de hoje. Refiro-me a este acutilante blogue, do qual sou um fervoroso consumidor que gostaria de o continuar a ser.