sábado, novembro 12, 2011

Portugal na linha da frente



Correio da Manha, 8 de Novembro


O eixo Berlim-Paris instituiu uma receita única para os países em dificuldades: substituição dos governos democráticos por governos tecnocráticos dirigidos por gente que estagiou em Bruxelas ou em Frankfurt. Aconteceu em Atenas, sucede hoje em Roma e, sem que se tivesse dado por isso, já tinha ocorrido em Lisboa, com a nomeação de Vítor Gaspar para o Terreiro do Paço.

A trapalhada dos estarolas da São Caetano, em que Passos & Relvas avançaram e recuaram relativamente ao corte dos subsídios de férias e de Natal, revela que há um Tratado de Tordesilhas no Governo: Gaspar manda no Orçamento do Estado (indo além até das instruções do eixo Berlim-Paris), os estarolas brincam às privatizações. Por outras palavras, Gaspar está mais preocupado com o défice do que com a dívida.

2 comentários :

Anónimo disse...

Estou a ver Portugal , em breve, a ter como Primeiro Ministro aquele figurão do FMI, um tal de Borges do PSD que já andou pela Goldman Sachs e também pelo Citibank, BPN Paribas, Petrogal,Sonae, Jerónimo Martins e por aí fora , sempre ligado ao grande capital, como convém.

Anónimo disse...

Estes estarolas da São Caetano e de São Bento (muito gostam eles de Santos mas não sabem que os feriados religiosos têm de ser negociados com a Santa Sé...) dizem-se e desdizem-se todos os dias.

Tanto andaram (tanto o PM - primeiro ministro ou pau mandado - como o MP - ministro da propaganda) a dizer que estavam abertos à negociação, como hoje veio o PM dizer que não fez um orçamento para negociar.

Cambada de... (nem digo o que me vai na alma, que é demasiado mau)!