domingo, novembro 13, 2011

Portugal tem uma longa história económica para contar

• Leonor Freire Costa, Pedro Lains e Susana Münch Miranda, Portugal tem uma longa história económica para contar [hoje no Público]:
    'As lições que Portugal deu ao mundo, ao longo da História, servem para se perceberem melhor os limites da aproximação dos países mais pobres aos países mais desenvolvidos. Não podemos saber ao certo quando começou a acentuar-se o desfasamento entre a economia portuguesa e o resto das economias europeias, se foi logo desde a formação, se foi mais tarde na expansão ou se foi no tempo da criação do império brasileiro. Sabemos que esse desfasamento estava presente ao longo do século da industrialização europeia, iniciada ainda no século XVIII, na Grã-Bretanha, tendo aumentado ao longo do século XIX. Sabemos também que o desfasamento diminuiu no período de autarcia de entre as guerras mundiais do século XX, e que continuou a diminuir, ainda com maior vigor, na idade de maior integração internacional que decorreria até ao fim da idade de ouro europeia e da ditadura portuguesa, em 1973 e 1974.

    Todavia, com excepção de um curto interregno, o desfasamento teria andamentos pouco satisfatórios no último quartel do século XX e primeira década do século XXI, quando a economia internacional se manteve crescentemente aberta. Perante este quadro de incerteza entre os efeitos da abertura e as causas do crescimento, fica-nos a dúvida do que terá sido melhor para o país, mas essa dúvida tem porventura pouca importância quando sabemos que a evolução tem sinais que só raramente são definidos pelos países individualmente, sobretudo por aqueles que têm uma pequena dimensão, como é o caso de Portugal.'

2 comentários :

Homem do norte disse...

A pobreza dos nossos tempos,na minha modesta opinião,tem a ver com a situação geografica,as ditaduras e os muitos anos de analfabetismo.Não é por acaso que a Italia Portugal Grecia e Espanha,estão na situação em que estão.Há mais de 100 anos já havia aulas de sexologia na Alemanha,em Portugal nessa altura com a nossa "querida" monarquia,tinhamos mais de 70% de analfabetos.As novas tecnologias e a integração na UE aproximou os paises a varios niveis,incluindo o de negocios.Um simples exemplo,outro dia,com um camião transformado em oficina,estavam a montar o mobiliario de uma farmacia. (contacto a través da Net.)A empresa era de Salamanca. Os paises do sul mesmo assim, estão em desvantagem.No resto da Europa podem negociar,sem praticamente sairem do pais "é ali ao lado" nós para lá chegarmos temos que fazer milhares de KM com os custos que conhecemos.O comboio de mercadorias de alta velocidade pode tornar o pais mais competitivo.Portugal foi o pais mais isolado na ditadura.Por terra tinhamos outra ditadura, por mar tinhamos o povo simpatico de Marrocos.A Espanha tinha de um lado o Pais do Maio de 68.que fez toda a diferença.Acreditava no futuro,mas quando vejo retirar aos ossos filhos duas ferramentas fundamentais, para melhor se defenderem cá e lá fora perdi a esperança.Por ultimo,cá muitos milhares de portugueses (casa vez mais) se recordam de José Socrates. Em Italia não deve haver um italiano decente que não festeje o derrube de Berlusconi.Aquilo faz lembrar a Tunisia e o Egipto,era uma ditadura.Aqui no retangulo para lá caminha mesmo tendo as TVS do privado e do estado, Miguel Relvas, como o Lierson no Sporting, resolve...

Anónimo disse...

Caros Leonor, Pedro e Susana.

Até uma certa altura coisa ia mais ou menos, quero dizer Portugal era tão pelintra como todos os outros.

Depois de Silves é que começou a chatice: Chapa ganha chapa gasta, até aos dias de hoje.

Quanto ás razões vocês estão a olhar para o lado errado. Em vêz das estatísticos e séries, olhem as geneologias. As árvores.

Porque é que Gil Vicente ou o Eça são tão actuais ? Fácil: as árvores são as mesmas, etc e tal