sábado, novembro 19, 2011

Quando os próprios se prestam a ser usados e deitados fora (sem contrapartidas?)


• Fernando Madrinha, O RELATÓRIO GRACIOSO:
    ‘Este Governo tem um método peculiar de pôr a debate as suas opções políticas, em especial as mais polémicas: primeiro faz uma lista de nomes favoráveis às suas posições de princípio, depois indica-os para um grupo de trabalho e a seguir, se não lhe convém, desvaloriza publicamente o trabalho desse grupo.

    Aconteceu com a história da supressão de carreiras da Carris e da redução de horário do Metro de Lisboa: mal foram divulgadas essas propostas, o ministro da Economia correu a distanciar-se do grupo de trabalho. Passou-se o mesmo agora com o serviço público de televisão. Mal o relatório foi conhecido, já o Público noticiava que o Executivo não iria aceitar a sugestão de se acabar com a RTP Informação. Em seguida, o ministro da tutela, Miguel Relvas, teve que vir em defesa da informação da estação do Estado, maltratada de forma implícita num relatório feito de banalidades e preconceitos, não contra os defeitos do atual, mas contra a existência de qualquer serviço público. (…)

    Quando um ministro constitui um grupo de trabalho não está a comprometer-se com as conclusões ou propostas que ele venha a apresentar. Mas, por respeito para com a opinião pública e as pessoas que nomeia — de preferência em função da competência e não da cor política, como sucede quase sempre e agora sucedeu também — , devia receber os relatórios e calar-se até tomar a sua decisão. Assim, mostra apenas que nem a opinião pública nem as pessoas em causa lhe merecem consideração alguma, mesmo quando trabalham graciosamente. E que os grupos de trabalho lhe servem apenas para fingir que debate o que já tem mais do que decidido.’

2 comentários :

Anónimo disse...

Um escarro, tanto o documento produzido pelo grupo de " trabalho" como a atitude do relvas. Alías, o ministro Relvas é a definição mais completa de escarro que alguma vez se conheceu.

Fernando Romano disse...

Este Jagunço Político do Miguel Relvas começa a merecer a devida atenção da imprensa portuguesa, de alguns jornalistas.

Terão ouvido o pungente apelo que aqui fiz semanas atrás? Sim, como então escrevi, a coisa exige profissionalismo e competência, calma e paciência. E alguma criatividade. E coragem!

O "Público" de hoje dedica-lhe duas páginas, todinhas dedicadas a ele.

O artigo está enfeitado de termos estranhos, palavras com muitos "Kapas", outras ou indiananizadas ou arabizadas, uma miscelânia linguística nas denominações sociais, etc., de pasmar.

Miguel Relvas,trabalhava a gancho. Ora aqui, ora ali, ora acoli. Pelos vistos só para ajudar, quando muito honorários de 1.500 euros, pouca monta.

Chamou-me especial atenção a sua ligação ao Conselho de Curadores da Fundação Luso-Brasileira, criada por João Rendeiro, penso que o do BPP e até o aparecimento de surpresa numa reunião lá para as bandas do Brasil - que não era preciso...

O pano de fundo,contudo, como todos devem ter lido, é o BPN!!!!!!!!!!!!!!

Querem lá ver agora...

Resumindo: trata-se de um artigo salpicadíssimo!!! de luzinhas..., umas ainda encobertas pelas nuvens, outras já reluzentes. Até parece um quadro natalício! Como vai evoluir até ao Natal?

Estou aguardando que cada uma delas seja atração de muitas peregrinações jornalísticas.

Porque eu sempre defendi que este Jagunço Político é merecedor de toda a atenção.

Para mim ele ainda continua a ser o maior trafulha político que conheci na vida, mai-lo seu amigo PPCoelho.

Estão lembrados da ligeireja com que engrazularam o povo?

Foi mesmo preciso ter uma grande lata!

Vamos senhores jornalistas, há muito servicinho pela frente.

E eu aviso: ele é o vosso pior inimigo.

Depois não digam que os não avisaram.