segunda-feira, dezembro 12, 2011

"Austeridade pura e dura"

• Francisco Murteira Nabo, Emissão de moeda:
    ‘É hoje cada vez mais claro que caminhamos rapidamente na Europa para um modelo social mais anglo-saxónico, onde a saúde e a educação, que são hoje tendencialmente gratuitas, passarão cada vez mais a ser tendencialmente pagas. É uma questão ideológica de raiz liberal, onde as políticas de acção social se concentram especialmente nas classes sociais mais pobres, em detrimento das políticas públicas universais do ainda actual modelo social europeu, situação que emerge como resposta aos graves problemas de endividamento existente.

    Embora não pretenda questionar a validade deste modelo liberal - que evidentemente não defendo - estou com Bill Clinton e com Paul Krugman quando ambos levantam a questão, para mim central, da "austeridade pura e dura" sem ser acompanhada de uma política de estímulo à produção e ao emprego, além da manutenção do crédito bancário e da liquidez ao mercado.

    Será difícil compreender como é que, por exemplo em Portugal, se conseguirá suster o inconformismo dos cidadãos quando forem confrontados, no seu quotidiano, com uma redução brutal do seu rendimento disponível, quer pelo aumento dos preços, quer pelo aumento dos impostos ou redução de salários, que os deixará sem poupança alguma, num ambiente económico com uma quase total paralisação do investimento e uma queda alarmante do emprego e do PIB.’

2 comentários :

Anónimo disse...

Acho incrível como supostos economistas com experiência e estudo sobre a matéria ,continuem a insistir na tecla da austeridade reinante sem perceber que esta só vai levar a mais austeridade e depressão económica, numa espiral de recessão da qual não se conhece o fundo ( uma vez que estamos num colete de forças chamado euro).
Cada vez mais me convenço que de facto a Europa já nos deixou cair, bem como á Grécia e á Irlanda. Simplesmente não querem ser eles a chutar-nos mas sim forçarem-nos a pedir para sair.
Enquanto andamos neste "vai para a frente o euro, não vai" estamos a dar tempo ao casal Mercozy para arranjar um modo ordeiro de nos pôr a andar , ficando assim Portugal com o ónus da culpa e sacrificado como bode expiatório de toda a m**** que fez na Europa esta dupla.
Resumindo : irão fazer-nos a nós, como país, aquilo que fizemos ao Sócrates. Irónico.

Anónimo disse...

Vão aumental as perquisas no "googlo", pela entrada Estórya...


Inguenoranti (Imigranti).