- ‘Quando, numa conferência de imprensa, a ministra italiana do trabalho bloqueou na palavra ‘sacrifícios’ e irrompeu em lágrimas fiquei, a um tempo, perplexo com a fragilidade que não desejo nos políticos perante a adversidade e solidário com alguém incapaz de conter a expressão do seu humanismo. Do mesmo modo que, dias depois, na mensagem ao país do primeiro-ministro irlandês, após a apresentação do orçamento, não consegui conter a surpresa ao ouvi-lo, dirigindo-se aos irlandeses, dizer com uma clareza quase soletrada, “vocês não são responsáveis”, enquanto explicava a natureza da crise, o papel dos sacrifícios e sugeria um horizonte para o futuro – “recuperar a soberania económica”.
A compaixão que descobrimos no bloqueio emocional da ministra italiana ou a atitude pedagógica do primeiro-ministro irlandês são dois factores que podem fazer diferença perante uma crise da dimensão daquela que enfrentemos. E compaixão e pedagogia são duas coisas que têm faltado ao Governo português.’
5 comentários :
Compaixão e pedagogia não se usa nem para as bandas de Bruxelas, nem em Massamá.
Isso são sentimentos a ter para com vítimas de crime, dirão eles.
não, o que falta ao governo português é honestidade para admitir que mentiu enquanto oposição e continua a mentir enquanto governo.
Pois, o que fizeram de bem foi ir na cantiga de PPC tal não era ódio a Sócrates...
já no anterior até sobravam!
O que falta ao português não é a pedagogia e a compaixão, é mesmo um Governo.
Orang, o Tango.
Enviar um comentário