- ‘Vale a pena sublinhar, porém, o primeiro de todos os argumentos invocados pelo Ministério das Finanças para criticar a decisão da Standard and Poor's de baixar o ‘rating' de vários países da zona euro. Diz o Ministério das Finanças, logo a abrir o seu comunicado, que a decisão corresponde a uma "quebra metodológica significativa", na medida em que "a S&P parece ter substituído a sua análise individualizada por país por uma análise sistémica baseada na área do euro", o que conduz a avaliações que não reflectem adequadamente "as realidades nacionais".
Para o Governo há, portanto, um problema de "método": a S&P é criticada por baixar o "rating" de Portugal e de vários outros países em função de uma "análise sistémica" referente à "área do euro". É difícil imaginar pior razão para fundamentar a crítica. O que a S&P questiona, em primeira linha, é a insuficiência das respostas europeias à crise e a sua insistência numa austeridade que a agência considera cada vez mais "contraproducente", com consequências que atingem a "área do euro" no seu conjunto - e cujo impacto se reflecte nos ‘ratings' a atribuir. E esta é uma análise absolutamente certeira: a resposta europeia tem estado manifestamente aquém do necessário. Melhor faria o Governo em invocar esta análise em defesa de uma resposta diferente e mais equilibrada da zona euro a esta crise, em termos que melhor sirvam os interesses nacionais e os interesses do projecto europeu.
Mas não. Sempre fiel à doutrina Merkel, o Ministro das Finanças resolveu escrever no mesmo comunicado exactamente o contrário: as decisões tomadas na cimeira do euro, diz ele, "abrem caminho ao desenvolvimento dos mecanismos necessários para superar a crise" e "assegurar o regresso a uma trajectória de crescimento e de criação de emprego na área do euro" (sic).
Este "discurso do método", perfilhado pelo Ministro das Finanças, não é só o sinal de uma dúvida metódica quanto à verdadeira natureza sistémica desta crise. É pior do que isso: é o sinal claro de uma filosofia errada.’
5 comentários :
Onde é que andava a doutrina anti-Merkel de Pedro Silva Pereira enquanto esteve no governo?
Então a Srª Merkel não tinha apoiado o PEC4 e tudo?
Como não podia deixar de ser só a socratice tem razão todos os outros não valem nada são todos burros e estúpidos aliás pensar e actuar de maneira diferente da socratice é algo impensável. Continuo é a não perceber como é que figuras magistrais como este "clone" silva pereira e outros que tais deixaram o país no estado em que estava em 5 de Junho. Ah ´we verdade a direita e estrema esquerda não aprovaram o badalado PEC IV!
Este governo clama ( agora que está com o fogo no rabo )que o problema é europeu e que só pode ser resolvido no contexto europeu, mas quando a S&P vêm confirmar precisamente isso , queixa-se de que não foi analisado nos seus esforços individualmente.Para que?! São esses mesmos esforços (errados)que a S&P considera errados e desnecessários!O que a S&P disse é que pela via da austeridade a que a alemanha está a obrigar todos os paises os problemas do euro não se resolvem e só pioram.Só um cego (ou comedor de pote)é que não aceita isso.
é isso anónimos direitolas, o pedro silva pereira sempre foi um apoiante da austeridade disfarçado, apoiante da merkl enquanto esteve no governo e ninguém sabia! Assim sendo não percebo porque o atacaram tanto quando estavam na oposição...
Há gentinha que ou não entende ou não quer entender.
A crise profunda do euro e da economia europeia e americana, no seu todo, vem de há muito tempo.
o PEC IV era apenas uma das maneiras de permitir que os governos europeus se entendessem na tomada de posições sérias e realistas quanto aos procedimentos a adoptar.
Todos os partidos, desde a esquerda caviar até à direita mais salazarenta preferiram os FMI's e quejandos sabendo que assim chegariam rapidamente ao pote, que +e o que se tem estado a ver nos últimos tempos.
A partir daí tudo seria simples se a estupidez Mewrkeliana e Sarcozystíca não se metesse a dar ordens e o resto da carneirada a abanar a cabeça.
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