terça-feira, janeiro 31, 2012

Lost in translation

O que Krugman vem defendendo em relação à austeridade parece tão clarinho que até faz confusão como Eva se perde na tradução. Lendo o que aqui e aqui se diz, conclui-se que traduzir pode ser trair.

4 comentários :

Anónimo disse...

"With a unified currency, adjustment to differential shocks requires adjustments in relative wages — and because the nations of the European periphery have gone from boom to bust, their adjustment must be downward. At this point, wages in Greece/Spain/Portugal/Latvia/Estonia etc. need to fall something like 20-30 percent relative to wages in Germany. Let me repeat that: WAGES IN THE PERIPHERY NEED TO FALL 20-30 PERCENT RELATIVE TO GERMANY" (17 Maio 2010)


http://krugman.blogs.nytimes.com/2010/05/17/et-tu-wolfgang/

Anónimo disse...

O anónimo não entendeu a parte do "RELATIVE TO GERMANY" pois não?Eu explico :o salário médio na alemanha ronda os 4000 euros.Em Portugal anda á volta dos 800euros.30% de 4000euros corresponde a 1200 euros.O que significa que feitas as contas o salário médio portugues deveria andar pelos 2800 euros (valores brutos, já agora).
É bom que quem anda a espalhar este pedaço de discurso de krugman perceba que quem o lê não é parvo.
Que krugman não tenha noção dos salários médios em Portugal é grave,mas que haja gentinha que spina isto para dizer a quem ganha 800 euros por mês que têm de baixar mais 30% é de um mau caracter desconcertante...

Anónimo disse...

Caro Anónimo 06:50:00 PM

Coitadinho do Krugman, Nobel da Economia e professor em Princeton, que até já trabalhou em Portugal, que escreveu um artigo sem saber o ordenado médio em Portugal.
Foi uma bela tentativa de spinar o que foi escrito, mas há quem saiba ler e interpretar inglês também.

Krugman acha que os salários têm que DESCER em 30% em relação aos salários relativos na Alemanha (e não ser até menos 30% em relação à Alemanha, como você tentou spinar). Que, em números redondos, é o valor da nossa perda de competitividade em relação à Alemanha na última década. Isto porque não podemos optar por uma desvalorização cambial. É esse o contexto do artigo.

Anónimo disse...

A sua afirmação não faz sentido, a Alemanha não pode competir com Portugal em termos de custo do trabalho, ele será sempre mais caro por lá. Para quê descer salários se eles já são baixos cá, em relação á alemanha?Pode interpretar a afirmação de krugman como quiser, está no seu direito, mas a sua interpretação está errada.A não ser que esteja a considerar salários dos gestores de topo e das classes mais preveligiadas. Aí concordo 100%, duvido é que o vosso spin se esteja a referir a estes wages hiperinflacionados.