domingo, janeiro 15, 2012

O abominável homem das neves que inventou o cluster do pastel de nata

• Pedro Marques Lopes, O pastel do Álvaro:
    ‘A princípio, até dava para rir com o rol de piadas que o ministro dizia de cada vez que aparecia. Ele foi o corte brutal na TSU, o impagável plano para os transportes, a rede de postos de gasolina low cost, o fim da crise para 2012. Mas, pronto, aquilo eram erros de principiante, ele não conhecia bem o País nem o funcionamento da nossa economia. Também nunca tinha trabalhado com uma equipa tão grande como a que agora tinha (se é que alguma vez tinha trabalhado fosse com que equipa fosse), nem conhecia a administração pública, nem o nosso tecido empresarial. Mas tinha escrito um livro que, pelos vistos, tinha fascinado meio mundo, e, assim sendo, um génio daquela envergadura aprenderia depressa. Afinal não, Álvaro Santos Pereira foi tão-somente um gigantesco erro de casting. A verdade é que ter, no período que atravessamos ou em qualquer outro, um personagem como Álvaro Santos Pereira à frente do Ministério da Economia não é inconsciência, é suicídio.

    O pior é que Passos Coelho já percebeu o erro, e mesmo assim insiste em não fazer o que é evidente: enviar o ministro de volta para o Canadá ou pô-lo a vender pastéis de nata. Não é por acaso que não passa uma semana sem tirar dossiers a Santos Pereira. Hoje por hoje, o ministro é o responsável por um megaministério - que nem com um verdadeiro génio a geri-lo tinha condições para funcionar - que tem muitas pastas atribuídas mas pouco ou nada dentro delas. Há quem trate das privatizações, do QREN, da Concertação Social, da AICEP. Um dia destes, quando o Álvaro chegar ao ministério, pode acontecer que tenham mudado a morada sem que ninguém lhe tenha dito nada.’

5 comentários :

Anónimo disse...

Eu do Álvaro não me admiro desde a primeira hora. Tem vindo em crescendo e não vai acabar nos pastéis.
O que me admira é o lorpa do Marques Lopes conhecendo estes fdp como conhece, sendo jornalista e por isso pensar-se que tinha 2 dedos de testa acaba por ser igual ao Álvaro pois passou a vida a dizer mal do Sócrates, que ia e foi votar nestes anormais e agora vem chorar baba e ranho depois da merda que fez ao dar o voto a estes cretinos. Nunca pensei que um dito jornalista pudesse ser tão analfabeto, tão tacanho, com tão pouca memória e com uma análise da política portuguesa que só povo ignorante e cretino como os que votam Isaltinos, Valentins, Jardins, etc., etc, tem.

jaood disse...

Já é mais que tempo para deixar de falar no Álvaro. Se o Governo pretendia "usar" um simplório bobo de quem todos falam e concentra em si quase todas as atenções, desviando-as de quem aparentemente ou pela sombra vai fazendo tudo mal, tal objectivo está em grande parte alcançado. A quota de responsabilidade do Álvaro no estado em que as coisas chegaram nos últimos 6 meses é marginal, é apenas uma de outras bem mais graves escolhas que se têm feito nos neste tempo. Vamos ao que interessa e isso é apenas e tão-só derrubar este Governo.

Paulo Saldanha disse...

Vamos ao que interessa e isso é apenas e tão-só derrubar este Governo".


Mas como? De braço dado com o António José Seguro e com o Mário Nogueira?

Por acaso sente na rua uma contestação social que atinge os limites do insustentável?

Se vc me desse a receita de como, com ou sem Carvalhos das Silvas e ou outros movimentos, oferecia-lhe um jantar no Gambrinus.

Anónimo disse...

Pedro Marques Lopes esqueceu-se de dizer que o maior culpado de termos um Álvaro na Economia é do primeiro Ministro que o escolheu. Esse PM , tal como um qualquer bom Patrão , na entrevista para o lugar, devia ter percebido , de imediato, que aquele candidato(o Álvaro) estaria excluído. Não teria sido necessário passarem 6 meses para 'perceber o erro'. O grande problema é que Passos é tão mau ou pior que o subalterno e, portanto, estamos todos tramados para não dizer pior.Pena que Marques Lopes não tenha também percebido(muito antes de 5 de Junho)) que Passos Coelho não valia nada.

Teófilo M. disse...

Primeiro ateiam a fogueira, depois deixam queimar o assado, agora reclamam que a comida é má!
Pobres escrevinhadores à jorna!