- ‘(…) Subitamente, a discussão passou do fundamental para o acessório. Trocou-se a vontade de avaliar os actos de quem tem a responsabilidade de zelar pelo bom funcionamento desses órgãos pela discussão patética de quem é ou não é duma loja maçónica. O que importa saber é porque diabo um primeiro-ministro mantém em funções gente que sabia - ou devia saber - da autêntica bandalheira em que se transformaram os serviços de inteligência portugueses. Como é possível um primeiro-ministro não despedir no acto as pessoas que fizeram relatórios internos que mais pareciam histórias da carochinha? Como é que um homem como Jorge Silva Carvalho, que alegadamente utilizou os serviços do Estado para o interesse duma empresa privada, primeiro como responsável dos serviços e depois já como quadro dessa empresa, esteve por um fio para ser o superdirector do SIS e do SIED? De que é que está à espera o Ministério Público para iniciar uma investigação? Porque é que as pessoas que denunciaram os crimes que se passavam, e provavelmente se passam, nesses serviços são afastadas e os que pactuaram com a infâmia são promovidos? Porque é que as declarações de Marques Júnior e Bacelar Gouveia, que praticamente admitiram não haver fiscalização rigorosamente nenhuma a estes serviços, não têm consequências?’
domingo, janeiro 08, 2012
"Subitamente, a discussão passou do fundamental para o acessório"
• Pedro Marques Lopes, Aventais para distrair:
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