terça-feira, fevereiro 14, 2012

Da série “A Fenomenologia do Ser”¹ [10]



Sendo Primeiro-ministro um jovem político com problemas de afirmação – «custe o que custar», como, por exemplo, fingir que leu livros afinal inexistentes - e que gosta de se apresentar como liberal, aqui vai mais um modesto contributo que é tão só a primeira frase, do primeiro parágrafo, da primeira secção, do primeiro capítulo de um dos textos fundadores do liberalismo moderno. Caso PPC a tivesse lido, e compreendido, certamente teria evitado figuras tristes como a da semana passada no discurso de Odivelas.

    How selfish soever man may be supposed, there are evidently some principles in his nature, which interest him in the fortune of others, and render their happiness necessary to him … Of this kind is pity or compassion, the emotion which we feel for the misery of others, when we either see it, or are made to conceive it in a very lively manner. … The greatest ruffian, the most hardened violator of the laws of society, is not altogether without it.
      Adam Smith, The Theory of Moral Sentiments, http://oll.libertyfund.org/title/192, pag. 60

Diga-se, aliás, que todo discurso revelou que de liberal e de liberalismo PPC pouco ou nada tem ou sabe, já que se limitou a debitar a vulgata ‘social darwinista’ da direita reaccionária. O PPD tem uma meritória Universidade de Verão mas aquilo de que precisa mesmo é de uma escola básica para a formação do respectivo líder…
    Afonso
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¹ Obra filosófica que o actual primeiro-ministro afirmou ter lido na sua juventude, desde então, perdida.

2 comentários :

Passos Coelho disse...

Mas que é o Adam Smith?

Anónimo disse...

quanto é que a pedago recebeu ou vai receber em subsídios para pagar a festa