sábado, fevereiro 25, 2012

O passado e o presente da claustrofobia democrática

    ‘A minha consciência obriga-me a tornar público um episódio que sempre mantive privado, porque não me ocorreu fazer diferente. Em 2004, Santana Lopes era primeiro-ministro e eu mantinha, há uns anos, uma crónica de opinião semanal na Antena 1, cujo director se chamava Luís Marinho. Desde a tomada de posse que fui crítico contundente do Governo Santana Lopes, até que um dia o Luís Marinho me chamou e começou com uma conversa circular acabando por confessar que achava que a minha crónica devia ser substituída por um outro tipo de intervenção qualquer, talvez enquadrada com outros, e na qual ele iria meditar. Disse-lhe que não valia a pena quebrar a cabeça a pensar na alternativa: eu conhecia as regras do jogo. E ali mesmo me despedi, sem mais nem um tostão, deixando-o, ao que me pareceu, visivelmente aliviado. Hoje, depois de ter lido o depoimento do ex-subdirector da Antena 1, Ricardo Alexandre, não tenho dúvidas de que Luís Marinho continua fiel ao seu roteiro (…).’
      Miguel Sousa Tavares, hoje no Expresso

2 comentários :

Anónimo disse...

Quem se devia ter demitido era Luís Marinho mas isso implicaria uma grandeza e rectidão de carácter que obviamente o invertebrado não têm.
Todo o homem têm um preço, diz-se, eu acho que todo o homem têm é medo, e este é um autentico mariquinhas.

José Neves disse...

Caros,
O marinho, o desta história sórdida, é sabujo invertebrado, age acobardando-se para defesa da sua pessoa e interesses.
O mst, o desta história e outras mais, age por via de mostrar e demonstrar a todo o custo ao pagode quanto autónomo e independente é perante os poderes: por puro egocentrismo e pedantismo autoconvencido de sua autoridade crítica sem falhas e imparcial.
Mas, o resultado prático destas actitudes diversas é o mesmo: um deita abaixo os outros por subserviência, outro deita abaixo por auto-soberba e ressentimento contra quem lhe possa fazer sombra.
Ambos não prestam.