- ‘“Não se pode fazer política com coisas tão sérias”. Esta espantosa afirmação, foi feita ontem pelo Ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, a propósito do pedido de audição do Primeiro-Ministro sobre o assunto das Secretas. Uma pessoa ouve isto e não acredita. Quer dizer, eu acreditava que a Política era a actividade mais séria deste mundo. Ensinaram-me e ao longo da vida fui aprendendo que a Política é a arte ou a ciência da organização e gestão das coisas públicas. Ora, não sei como é possível que alguém que é político e que, além do mais, desempenha funções governamentais na área mais política de um governo, pode ter esta visão do seu próprio cargo. Aliás, a afirmação acaba por ser bastante esclarecedora sobre a forma ou o modo de exercício do poder dos actuais governantes deste país. Já sabia que o desprestígio ou a maneira menos nobre como os cidadãos vêm hoje a Política e os respectivos agentes, encontrava muitas vezes explicação no modo de actuação de alguns políticos, que se servem da política, em vez de a servirem. Mas nunca tinha visto um governante assumir, com esta meridiana clareza, a sua própria incapacidade para o exercício da função política. Política e seriedade, não são incompatíveis. Não podem ser. Mas este ministro acha que sim. Talvez esteja na hora de alguém lhe ensinar que a política é uma coisa muito séria. Mesmo que a actual política deste governo não o demonstre.’
quinta-feira, fevereiro 09, 2012
A palavra aos leitores — “Não se pode fazer política com coisas tão sérias”
Comentário enviado por e-mail pelo leitor Carlos P.:
Subscrever:
Enviar feedback
(
Atom
)
4 comentários :
Eu ouvi e nem queria creditar!!!Como é possível alguém, que ocupa um lugar desta responsabilidade, dizer uma monstruosidade deste calibre? Uma firmação deste teor só vem confirmar aquilo que eu pensava;estamos a ser (governados?)por alguns pacóvios que não passam de uns analfabetos funcionais.
Eu também ouvi e, igualmente, fiquei siderado. Afinal o que são coisas sérias e quais são as atribuições da política?
Razão teve o prof. Marcelo, quando há duas semanas manifestou a sua indignação por esta personagem (Relvas) ser ministro, dizendo entre dentes que «era um erro de casting».
Ele apenas se referiu á concepção que tem da politica e das politiquices que pratica!
Para este personagem, politica ou politiquices ou melhor aquelas intrigas e truques que usa é politica! Isto é só ao estado a que chegou a politica nacional, ter como personagem mais influente e quem diga mais poderosos do governo um tipo destes!
O que eles não querem é que o Pedrito lá vá para responder em comissão. Porque aí estão tramados, com a falta de inteligencia que o dito têm não demorará muito até se descair com uma bomba ou entrar em gigantescas contradições ( provando portanto que está a mentir e que têm muito a esconder ).
Enviar um comentário