terça-feira, fevereiro 28, 2012

Suicídio assistido

Pedro Adão e Silva, Suicídio assistido [na última edição do Expresso]:
    ‘Acabar com o Carnaval ou com feriados não nos torna melhores trabalhadores. A menos que o nosso desígnio estratégico seja a chinização do nosso mercado de trabalho, o que Portugal precisa é de gestores que administrem melhor, de alterar o padrão de especialização da nossa economia (em lugar de aprofundarmos as suas debilidades, que é, de facto, a consequência da estratégia de empobrecimento) e continuar a investir na qualificação (em vez de, por exemplo, desmantelar as ‘novas oportunidades’). Uma evidência, menos para o Governo, que insiste na ideia de que a resposta aos problemas da economia política portuguesa passa por trabalharmos mais horas.

    A estratégia é reveladora de uma incompreensão do momento que vivemos. O que enfrentamos é uma crise da procura – ainda esta semana, por exemplo, soube-se que as indústrias portuguesas estão entre as que registaram uma maior queda nas encomendas recebidas. Ou seja, a capacidade utilizada da economia está em mínimos, logo, se continuamos a insistir no aumento do número de horas de trabalho, não escaparemos a um crescimento ainda maior do desemprego.

    Há dias, o primeiro-ministro espanhol, Rajoy, considerou um suicídio a diminuição do défice a que a Espanha estava obrigada este ano (de 8% para 4.4%). É difícil encontrar outra expressão que descreva de modo tão exacto o que se está a passar em Portugal. Uma contração da economia que vai para além do razoável e que, acompanhada pela insistência no aumento de número de horas de trabalho, vai ter um efeito devastador sobre o emprego. Estamos perante um suicídio provocado pelo Governo português, mas assistido pelas obsessões ideológicas da troika.’

2 comentários :

Anónimo disse...

Pois, pois, "clone" aliás enquanto foste ministro o país avançou e muito em termos de desenvolvimento atingimos números de crescimento económico superiores à média da UE (antes fosse). Quanto às novas oportunidades gostaria de saber qual foi o valor gasto no tempo da socratice, quantas pessoas nas suas empresas foram aproveitadas e promovidas graças a essas qualificações, qual o0 valor gasto por cada centro e qual o valor custo/beneficio do programa talvez a partir daí possamos falar pois que deu muito jeito para sessões de propaganda da socratice ai deu sem dúvida e o país ganhou valor acrescentado com isso?

Anónimo disse...

Errr...o Pedro Adão e Silva nunca foi ministro...
Anónimo das 04:13,desiste, só estás a fazer figura de imbecil e a prejudicar ainda mais o teu governo...