Na sua despedida da liderança do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã deu um contributo inestimável para a consolidação do princípio da paridade. Até hoje, pensava-se que o princípio seria inaplicável a órgãos unipessoais. Na melhor das hipóteses, a aplicação do princípio nesses casos só se poderia fazer através da sucessão temporal. Por exemplo, na liderança do BE, a Francisco Louçã deveria suceder uma mulher para garantir a paridade “diacrónica”.
Mas Louçã descobriu, qual ovo de Colombo, a maneira de aplicar a paridade a estes órgãos unipessoais: basta transformá-los em órgãos bipessoais. Assim, a liderança do BE deve passar a ser desempenhada por um homem (João Semedo) e uma mulher (Catarina Martins).
É evidente que Louçã já deve estar a pensar noutros voos. Por exemplo, o BE deverá apresentar como candidatos à presidência da República dois nomes: o de Louçã, evidentemente, e o de uma camarada do BE que garanta esta nova forma de fazer política própria do século XXI (segundo decénio).
Resta esperar que o Prof. Marcelo, sempre melhor informado quanto ao futuro do que quanto ao passado (como se viu pela sua recente análise do corte dos subsídios), revele quem será o nome que acompanhará Louçã na candidatura presidencial. Qual será a feliz comtemplada?
2 comentários :
Aqui está um post assertivo, cheio de fina ironia, que mostra bem como os videirinhos se ajudam um aos outros quando se trata de ir ao "pote". Se Louçã for candidato à PR, é natural que retire alguns votos ao candidato do PS, beneficiando, assim, o candidato do PSD, o professor Marcelo.
se o outro foi com a namorada para bruxelas porque é que este não há-de levar a mãe para belém.
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