• Vasco Pulido Valente, A crise do Governo [hoje no Público]:
- ‘No meio desta nova crise financeira e do ruído que provocou (não houve praticamente ninguém que não desse a sua autorizada opinião mesmo sem saber contar até 20), só se deu uma atenção passageira e quase irónica ao perigo principal que o país manifestamente corre: a desagregação interna do Governo. A história não nasceu agora, mas não há dúvida (para quem não nasceu ontem ou anteontem) que desde o princípio do Verão perde dia a dia a autoridade e o prestígio, de que hoje mais do que nunca precisa. Metido num emaranhado de situações que ninguém compreende, de conflitos que ninguém esclarece e de erros que ninguém desculpa, já não tem um comando único e uma estratégia comum. Cada uma puxa para o seu lado e, de caminho, cria ou revela aberrações que abatem e desmoralizam toda a gente.
Não se percebe, por exemplo, e para começar pelo óbvio como o défice real (6 por cento) não foi previsto e anunciado a tempo pelos dois chefes da coligação: Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. Nem como Passos Coelho anuncia novas "medidas de austeridade" num discurso trapalhão e mal escrito, despachado à pressa entre um jogo de futebol e um concerto em que ele próprio resolveu cantar o inesquecível clássico "Chamava-se Nini/vestia de organdi". Como se isto não chegasse, o PSD e o CDS entraram numa guerra aberta sobre o défice deste ano, o orçamento do próximo, a reforma autárquica e a RTP, que os silêncios de Portas constantemente alimentam e complicam. Ou que uma série de "notáveis", como Nogueira Leite, faça impunemente propaganda contra o Governo que os nomeou.’
2 comentários :
Este é outro pantomineiro, tal como o Zé Manel.
Escreva o que escrever não lhe dou crédito algum, tal como desprezo em absoluto as alarvidades de António Barreto. PQP.
E espero não os encontrar na manif de sábado, dia 15...
(Claro, só para rir)
Pewlos vistos, o Vasco, que deve saber contar até 20, acaba por dizer que os que até nem sabem contar e estão contra as medidas têm razão!
Pobre Vasco! Enrodilhado nas suas habituais contradições não desiste de tentar pairar acima de nós, pobres mortais.
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