• Martin Wolf, O Fundo avisa e estimula:
- ‘Vejo três caminhos possíveis na zona euro.
- 1. Prosseguir com as reformas a longo prazo, sendo a "união bancária" - o esforço para cortar relações entre soberanos fracos e bancos - a mais importante.
2. Chegar a acordo sobre um programa de intervenção em Espanha num futuro muito próximo. O BCE deveria usar a sua nova política de "Transacções Monetárias Directas" para baixar as taxas de juro da dívida soberana em cerca de 3%. Neste momento, a Alemanha parece que mantém Espanha refém de eventuais progressos na Grécia. É um erro. No caso da Grécia, é necessário uma nova e profunda reestruturação da dívida, bem como a reestruturação dos empréstimos oficiais. O FMI só deve avançar com um novo programa para a Grécia se este garantir um perfil de dívida sustentável. Sem essa garantia não haverá investimento privado.
3. Ajustamento e crescimento. Um número importante no Relatório sobre as Perspectivas Económicas mostra que os actuais desequilíbrios da balança corrente dos países deficitários tenderão a desaparecer à medida que a sua economia for afundando. No entanto, nada indica que os excedentes nos países credores venham a diminuir. Ou seja, o mundo viverá numa lógica de ‘beggar-my-neighbour' - "empobrecer o vizinho" -, o que é inaceitável. É fundamental para a zona euro e para o mundo que se mantenham níveis de procura saudáveis.
O FMI avisou e estimulou, ou seja, fez o seu papel. O aviso: a economia mundial é fraca e poderá enfraquecer ainda mais se não forem tomadas as medidas necessárias. O estímulo: o fundo acredita que a economia pode ser fortalecida se aqueles que têm o poder passarem à acção. A responsabilidade é o fardo do poder. É favor agirem já.’
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