sexta-feira, outubro 19, 2012

Recusar a discussão enganadora de medidas pontuais alternativas

— Desconfio que não vou fazer mais nenhum orçamento. Quer apontar o meu contacto em Bruxelas?

Pedro Silva Pereira, Inevitável?:
    ‘Conviria, antes do mais, assumir a realidade: o argumento do ministro das Finanças já não convence ninguém, mesmo entre os mais fervorosos apoiantes da actual maioria, por uma única razão: o Governo falhou a meta do défice prevista para este ano. Apesar dos muitos sacrifícios pedidos aos portugueses, a opção do Governo por uma austeridade "além da ‘troika'" conduziu a um falhanço colossal, cuja verdadeira dimensão está ainda por apurar (o défice previsto de 4,5% do PIB ficará este ano, certamente, acima dos 6% ou até talvez dos 7%...). E é este o problema: não há quem acredite que reincidir no erro, agora em dose redobrada de austeridade, vá permitir alcançar em 2013 os resultados que o Governo não conseguiu obter em 2012. A prova está feita: assim não vamos lá.

    Acresce que a via proposta tem um preço absolutamente insuportável para a economia (onde a recessão será certamente mais profunda do que o previsto pelo Governo), pagando-se em falências, em desemprego e em empobrecimento das famílias. E se é verdade que os portugueses se revelaram dispostos a fazer sacrifícios para alcançar resultados, verdade é também que ninguém está disponível para fazer sacrifícios brutais que não levam a lado nenhum. E essa é a razão da desesperança do País.

    A resposta do ministro das Finanças, sabemos qual é: a margem de manobra é "inexistente". De facto, armadilhada entre as metas orçamentais fixadas na 5ª avaliação do Programa de Assistência Financeira e este brutal programa de austeridade, absolutamente inviável, mas também já unilateralmente negociado pelo Governo com a ‘troika', a discussão do Orçamento para 2013 corre o sério risco de se tornar esquizofrénica. E só há uma forma de quebrar este círculo vicioso: recusar a discussão enganadora de medidas pontuais alternativas para colocar no centro da discussão, de uma vez por todas, a estratégia orçamental que está subjacente às sucessivas revisões do Memorando e ao Orçamento para 2013.’

9 comentários :

Baltazar Garção disse...



Orçamento que, mais uma vez, viola grosseiramente a Lei Fundamental do País, acrescentando aos dois Salários ou Pensões já gamados este ano a apenas uma parte dos Trabalhadores por Contra de Outrém e Pensionistas, MAIS UM SALÁRIO (pelo menos!), o que AINDA VAI DESEQUILIBRAR MAIS A BALANÇA DA EQUIDADE FISCAL dos Contribuinte e, COMO É ÓBVIO, configurar NOVA INCONSTITUCIONALIDADE!


E se o presidente em exercício não sabe fazer respeitar a Constituição que jurou cumprir, tem de assumir a sua incompetência para o alto cargo em que foi investido e RESIGNAR.


Alguém fará o trabalho bem feito.

Anónimo disse...

É incrivel !!!! Como pode este senhor dizer (quanto mais escrever)isto? Foi este senhor que negociou o resgate a Portugal (em representação do outro que nem ombridade teve para estar presente na resolução do problema de bancarrota em que deixou o país). Ao contrário do que se quer fazer passar, o governo ir além da troika não é a pedir dinheiro às pessoas, é no sentido das reformas estruturais a fazer. Estamos a pagar o que foi acordado com a troika (8 mil milhões só em juros). Sejam honestos !!!!

Anónimo disse...

Larga o vinho ó anónimo das 4:16!
A bancarrota foi provocada pelo chumbo do PEC 4 com a conversa que já basta de austeridade que se via logo ser mentira! Já te esqueceste?
De que reformas estruturais falas tu? Cortar salários às pessoas? Aumentar impostos? Reduzir a progressividade do IRS? Aumentar o déficit? Larga o vinho pá!

Sousa Mendes disse...

Temos aqui uma arrastadeira a falar em honestidade! Não será antes onestidade, que é aquilo que indivíduos que vão ao pote entendem?

Fernando Romano disse...

O Anónimo das 04:16:00

deixou-se alienar, está entalado. Não sai do mundo da mentira e da fraude em que se deixou enlear. E mentira e fraude continua a ser este OE2013. A troika está a espezinhar-nos a dignidade e independência porque os que estão agora no governo a pediram aos berros cá dentro e lá fora e por portas travessas, porque trocaram os interesses do povo e do País pelo poder, que só a entrada da troika lhes garantia de imediato, e agora não são capazes de o exercer, vergando-se criminosamente à mesa das begociações, já que não têm outra saída para o crime que cometeram. Com eles, grande parte das nossas elites se venderam, como é tradição. Esqueceram-se do contrato que fizeram com os eleitores, pelo que são, objetivamente, traidores do povo. Lembre-se lá ó senhor anónimo do que prometeram aos portugueses e lembre-se lá também dos avisos que foram feitos se não apoiassem o PEC IV acordado com os nossos parceiros da UE!

O que este artigo de Silva Pereira diz é que este OE deve ser recusado, e com ele o governo cair, e isso é dever patriótico que incumbe aos deputados de todas as bancadas.

O acordo com a troika foi festivamente celebrado pelos arautos deste governo que se sentaram à mesa das negociações e o assinaram.

Catroga, dizem, aufere hoje 50 000 deles por mês! Não se pode dizer que sejam pentelhos.... E outros tais com muitos milhares de euros de recompensa.

Venderam a nossa Independência governativa. Destroçaram um acordo genial que José Sócrates, num golpe de asa, conseguiu no last minute.

Não seriam as coisas diferentes...?

O senhor não está a ver bem o que se está a passar nas casas das famílias portuguesas e no País. O senhor não quer mesmo olhar para a desgraça que foi levar estes tipos ao poder. O senhor só pode estar sentado a mesa garantida.

O senhor sabe bem que este governo falhou, para além de ter mentido. Como sabe que a causa principal da crise é internacional. Mas que lhe interessa isso a si? Nada, pelos vistos.

Anónimo disse...

Ó, nesta idade, o pobre já nem sabe o que é onestidade, quanto mais probidade, lhaneza e honradez...


Caguem nele.


Jacinto Leite Capelo Rego,
Pinheiro da Cruz.

Anónimo disse...

Já estão para além do patético os argumentos da arrastadeira.
Nota-se bem o desespero, mas será em breve um desempregado do qual não terei peninha nenhuma.
Que tome em dobro o remédio que obrigou o povo portugues a provar durante um ano.E que lhe sobre também para a familia.

Olimpico disse...


Para o Anónimo do Costume.

Louvo-lhe (?!) a "coragem doentia" que ainda insiste manter. Mas, dê um pouco de atenção ao Governo Espanhol. Repare a tentativa de evitar o pedido de Intervenção.
Sócrates também tentou os financiamentos intercalares e não consegui. Só efetivamente num ato de "magia" consegui o acordo com o chamado PEC IV,evitando assim a Intervenção e as eleições. Teixeira dos Santos/Sócrates, quaze suplicaram em nome do POVO PORTUGUÊS, mas a direita Portuguesa, já tinha decidido, por que encontrou no PCP/BE APOIO. Convencidos que" LUCRARIAM" com novas eleições. Foi o que se viu....E, é o que estamos a vêr....A direita falhou? Se o objetivo de ir para o poder, CUSTE O QUE CUSTAR, era recuperar das FRAUDES do Sistema Financeiro INternacional. Não FALHARAM. Se era para serolver os problemas de Portugal e os Portugueses, 15 meses bastaram para concluirmos que falharam, por incompetência, impreparação e até muita má fé.

NB: Ainda estamos aguardando a confissão, do falhanço do ano 2012!!!! Foi tudo Sucesso (???) Eu tomo a liberdade de afirmar: Está tudo louco.. Só falta o ANÓNIMO, continuar a afirmar que a crise estáva na canbeça de Sócrates....
Muitas "Cientistas" da Economia, desta praça o afirmaram, com a intenção de o denegrir,são os mesmos que hoje afirmam existir em Portugal Terrorismo Fiscal, Napalme, Imcompetência e IMPREPARAÇÃO!!!! Palavras para quê? ENTRE NA REAL ANÓNIMO, com todo o respeito.

Anónimo disse...

Pois é por ter estado nas negociações que P S Pereira sabe do que fala.
Sabe muito bem o quanto para além da troika estes inconscientes nos levaram.
Como se diz em engenharia; "toca a meter "coeficientes de cagaço" que os calculos podem estar errados!".
E estavam...