- ‘Esta greve procura uma dupla solidariedade. Solidariedade dos que ainda podem fazer greve e que, perdendo (mais) um dia de salário, protestam. E solidariedade, também, dos que, prejudicados pela greve, acrescentam à sua fragilidade mais um problema e ainda assim compreendem. Ao contrário do que os discursos divisionistas do PR e do PM procuraram alimentar, a greve geral serve para unir o esforço dos que (ainda) podem fazer greve aos esforços dos que não podem, dos que trabalhamem precariedade, dos tantos que não têm emprego.
Mas o principal ganho desta greveé decididamente ser uma greve internacional, em simultâneo em Portugal, em Espanha e noutros países europeus. Percorrendo os principais jornais internacionais vemos referências à greve da Europa do sul, à união europeia dos sindicatos contra a política de austeridade. O que esta greve mostra é que os sindicatos e os trabalhadores já compreendem que a Grécia é Portugal, que Portugal é a Espanha, e que, estando unidos nas políticas de austeridade europeia, estão unidos nos resultados. E que, por já compreenderem que a crise é europeia, estão unidos na greve. Por enquanto ainda são os únicos.’
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