quinta-feira, dezembro 13, 2012

E&Y: “Previsão invernosa para Portugal” com risco de uma “espiral negativa”

E&Y: mais uma previsão a juntar a outras neste quadro

O relatório da Ernst & Young de Outono previa uma queda de 2% do produto interno bruto (PIB), mas o de Inverno agrava as suas previsões: o PIB vai encolher, na melhor das hipóteses, cerca de 2,5% em 2013. Acresce que a austeridade pode afectar ainda mais os gastos no consumo, que desceram cerca de 6% este ano, e que se espera que venham a descer mais 3,6% no próximo ano. No sector público, os cortes vão levar a mais desemprego, que se prevê que chegue aos 17%, em 2014. O investimento diminuiu também 15%, esperando-se que diminua mais 6,3% em 2013, e 1,1% em 2014. A única “surpresa” é o volume de exportações, que aumentou 6,6% este ano, esperando-se que nos próximos dois anos abrande o ritmo de crescimento.

Com o anúncio do Banco Central Europeu para a compra ilimitada de acções no mercado secundário, a confiança dos investidores em Portugal aumentou, mas os juros continuam muito elevados devido às previsões de crescimento baixas. “Isto sugere que Portugal irá necessitar de mais ajuda financeira da UE e do FMI”, adianta o relatório.

Naturalmente, perante um quadro aterrador como este, só um governador de um banco central como Carlos Costa é que se lembraria de invocar Sinatra (na verdade, Paul Anka) para dizer: “Estamos no bom caminho. As sucessivas avaliações do Programa de Assistência Financeira efectuadas pela União Europeia e pelo FMI revelam que este tem sido globalmente cumprido.

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