segunda-feira, janeiro 28, 2013

Fahrenheit 451


Tem fé? Então experimente ler A Revolução de 1383 de Borges Coelho, Breve Interpretação da História de Portugalde António Sérgio, Portugal Amordaçado de Mário Soares e História da Literatura Portuguesa de António José Saraiva e Óscar Lopes para ver o que lhe acontece.

Estes livros fazem parte de uma lista de 33.573 livros cuja leitura é proibida a membros do Opus Dei. Na ficção, constam do Index 79 escritores portugueses e 14 dos últimos 15 Prémios Nobel. Na não ficção, a lista é encabeçada por Freud (com 21 livros interditos) e Marx (com 19).

2 comentários :

fernando romano disse...

António Sérgio diria hoje que o governo de Portugal e os poderes que o apoiam é um conjunto de bandos, "bandos épicos", "cuja força agregativa é a sua vida rapinante", "o direito de quinhoar", seja do esbulho seja dos despojos. "Não há ser trascendente cuja lei se imponha", ou "representação colectiva cuja tradição vigore" para estes "sócios". "Há compromissos entre indivíduos, cujas relações são pessoais". "Tal o princípio pessoalizante do bando épico". Eles não se ajustam a uma associação política em forma de Estado. Para eles não há Coisa Pública, nem ideia de uma Comunidade "a quem todos servem". Foram estes tradicionais bandos que A. Sérgio identificou na Revol. 1383-1385, que se bandeavam para o lado que lhes garantisse mais rentoso saque.

Estes bandos de hoje não apareceram do nada, são herdeiros de uma "história" que tentam esconder dos manuais escolares e atirada para recônditos lugares das nossas bibliotecas. Felizmente, alguns "mineiros" da nossa cultura e História, a muito custo, começam a trazê-la à luz do dia.

fernando romano disse...

No meu comentário anterior, onde escrevi "rentoso", peço o favor de lerem RENDOSO...