terça-feira, janeiro 29, 2013

O pequeno Catão

Marques Mendes, o mais aparelhístico dos dirigentes que o PSD já conheceu, está imparável. Na TVI 24, esbraceja tremulamente e exibe gráficos enquanto desfia o seu linguajar ridículo, em que fervilham os clichés mais conhecidos: trapalhada, tralha, vergonha, etc., etc.. Mo Correio da Manha, à falta de assunto, fala de tempos em tempos da "tralha socrática". Voltou a acontecer agora.

A pergunta para Marques Mendes é muito simples: por que não fala ele na tralha cavaquista? É uma tralha bem interessante: um banqueiro preso, que foi secretário de Estado; um todo-poderoso ex-ministro e ex-conselheiro de Estado que anda meio fugido depois de ter desfalcado o banco que deu bom dinheiro a ganhar ao seu ex-chefe; outros ex-governantes e amigos que se abasteceram também no banco do cavaquismo; um ex-líder parlamentar que, para além de se ter servido também no banco da tralha cavaquista, é procurado pela justiça brasileira por homicídio de uma cliente a quem terá, “alegadamente”, abarbatado a fortuna.

No meio desta fauna, o pequeno Mendes não deslustra. Subiu na política à custa do grupo da sueca, que combinava a táctica com confraternizações de batota a caminho de Lisboa. Foi o maior manipulador da comunicação social que já passou por um governo, tendo-se distinguido por fazer o alinhamento dos telejornais em telefonemas para o valoroso José Eduardo Moniz, que agora também se apresenta como um fino defensor da liberdade de comunicação.

O que é preciso é lata. Semana após semana, o pequeno Mendes debita perante um jornalista da TVI 24 as suas tiradas morais, esquecendo-se do seu pouco abonatório curriculum político. Que também passou por uma ida para a Assembleia Municipal de Oeiras, onde acabou por arranjar uma sinecura, à frente dos serviços administrativos da Universidade Atlântica, oferecida pelo amigo Isaltino Morais. Ou a prateleira oferecida por Joaquim Coimbra, outro dos nomes citados quando se fala do banco do cavaquismo, após ter sido apeado da São Caetano por Luís Filipe Menezes. Ninguém recorda ao pequeno Mendes que nem ele nem os seus companheiros têm estatura para aquelas tiradas morais?

6 comentários :

Anónimo disse...

Isto para não falar do desvio da auto estrada em Estarreja, que nos custou mais 500 milhões...

Evaristo Ferreira disse...

Todo este elencado, bem poderia fazer parte da biografia do palrador Marques Mendes, um produto da "tralha cavaquista". É bom lembrar o percurso destes papagaios. Eu já nem me lembrava de que o Ganda Nóia tinha aceite dar aulas na Universidade Atlântica, por graça e obra de Isaltino Morais. A "tralha mendista" anda agora por aí.

Anónimo disse...

"Tralha" é fino demais para apelidar este anão trapaceiro e mentiroso.
Está abaixo de lixo e como lixo deve ser tratado : tudo o que diz cheira mal.

Ze Maria disse...

Nunca é demais desmascar este bando de gentalha laranja onde há de tudo: ladrões, vigaristas, trafulhas e até assassinos.Nunca é demais uma vez que os escrevinhadores jornaleiros são um bando de mortos de fome que se vendem barato....muito barato.
O PS devia avisar "urbi et orbi", que uma vez chegado ao poder - e há-de chehgar - irá requerer a Fiscalização Criminal Susessiva a esta gente que se apoderou do pote.
Chega de impunidade laranja!

Fastio disse...



Um meia-leca javardola, sem qualquer valor facial.


Se o Isaltino fosse tão sacana quanto ele, já o tinha denunciado e a esta hora estava a fazer companhia ao Vale e Azevedo, como dentro de pouco tempo o primeiro Secretário de Estado do Passos Coelho demitido por corrupção.


Mas também há-de chegar o dia do ganda nója...

Anónimo disse...

Um liliputiano, é sempre um liliputiano!