sábado, fevereiro 09, 2013

A “refundação” e o PS

Hoje no Expresso

Esteve hoje reunido o Conselho de Ministros para debater a “refundação” do Estado. A reunião destinou-se especificamente a avaliar o trabalho de casa dos ministros, ou seja, os contributos sectoriais para o corte dos quatro mil milhões de euros — que, a partir de agora, é designado, no léxico governamental, por “poupanças”.

O ministro das Finanças está decidido a reduzir drasticamente a dimensão do Estado em 2014 e não quer saber dos danos que isso possa provocar na economia e na vida das pessoas. A postura de Vítor Gaspar faz lembrar Deng Xiaoping: “Não importa se um gato é preto ou branco, contanto que ele cace ratos.” Parece no entanto que há ministros que não estão dispostos a entrar nesta espiral de loucura, propondo que o corte dos quatro mil milhões de euros se faça ao longo de três anos.

Quando se fala da “refundação” do Estado, estamos a falar, no essencial, das grandes rubricas que pesam no Orçamento do Estado: a escola pública, a saúde, as pensões e os apoios sociais aos mais desfavorecidos. Estamos a falar do Estado Social.

A alternativa ao processo de empobrecimento acelerado dos portugueses não pode ser a de manter este processo de empobrecimento, fazendo-o muito embora a diesel. Tem necessariamente de ser um outro modelo que preserve o Estado Social. António José Seguro, quando hoje disse que “pelos vistos há ministros do Governo que estão de acordo com as posições do PS”, numa alusão à manchete do Expresso, foi, no mínimo, pouco feliz. O PS não se pode distinguir do governo mais à direita da democracia apenas por apontar um caminho menos doloroso.

10 comentários :

Pedro disse...

Meu caro Migueli, o que Seguro tem dito sempre é que faria tudo o que este governo está a fazer mas em tempo mais alargado. No fundo, também ele propõe um Estado mínimo, mas em prazo mais alargado. Que é que ele ainda está a fazer no PS?

Anónimo disse...

http://www.institutoamarodacosta.com/temas/Economia/157/As-causas-da-crise/338/

Anónimo disse...

Se o Seguro, fosse treinado pelo JJesus, este diria:- é um jovem jogador de muito valor que ainda está a aprender e adpatar-se ao modelo da equipa.

A salvação do País passa pelo PS - o País, por outro lado, não acredita que passe pelo Seguro

Carrega PS

Pandil disse...

Por outro lado parece precisar da concordância de ministros para aparecer mais credível.
Como todos conhecemos a qualidade de tal gente, fico sem perceber o que é que a sua concordância com Seguro acrescenta às teses socialistas.
Imagino que se for o grande Passos a chegar à concórdia, o EsseGê tem um fanico.

fernando romano disse...

Senhor Miguel Abrantes, se eu fosse militante do PS, estaria de certeza ao lado dos que apoiam António Costa, político por quem tenho uma admiração muito grande. Quase toda a gente tem. Mas há uma coisa: a sua recente investida em falso, reforçou a convicção que tinha de que não tem perfil para liderar o actual PS, dominado por aparelhistas, e o próprio País.

E dava-lhe este conselho, um conselho de alguém que vê nele um exemplo de exercício da política.

-Não consumar qualquer tipo de acordo com a actual direção do PS, muito menos com AJSeguro. Sairá enganado, queimado, derrotado. Não pode sujeitar-se, depois de hesitar, a sair vencido.

-Concentrar-se inteiramente em ganhar as eleições em Lisboa - não são favas contadas...

-Chamarem Carlos César a assumir de imediato uma alternativa à liderança do PS, projetando-o como futuro primeiro-ministro de Portugal.

E mais não digo.

Faça chegar esta mensagem a António Costa. Obrigadinho.

(O PS só ganhará as próximas autárquicas se tiver definido, antes, a nível nacional, uma alternativa política e um líder. António Costa mostrou não ter perfil nem vocação para essa árdua e valente missão. Carlos César mostrou ter. O momento é especial e precisa de um líder muito especial)

Sou um admirador de José Sócrates e dos seus governos, mas a magna questão é definir uma alternativa política e fazer emergir um líder "surpresa". Com tomates! AJSeguro nunca será primeiro ministro e António Costa será esmagado por bandos organizados. Seria uma desgraça.

Carlos César sim senhor! O único capaz de criar ruptura salutar no PS e unir o partido e ganhar o governo. O povo iria acarinhar esta solução.

António Costa poderá ser o próximo Presidente da República.

Anónimo disse...

Apoiado, Fernando Romano!

Anónimo disse...

De acordo com noticias do SOL, de hoje, 10-Feb-2013, o PS do Tó Zé tem andado a reunir às escondidas no Ministério das Finannça..... Logo não me venham dizer que o rapaz faria diferente. Nem por sombras. Dessimulado e petulante é ele é, está a contribuir dirtectamente para destruir o país.
Não o aventem para longe e vamos ainda vê-lo aos abraços e beijos com o PP Coelho e amigalhaços.

Olimpico disse...


Concordo em alguns pontos com o ROMANO. Não concordo no que diz respeito a ANTÓNIO COSTA.Se este não tivesse feito nada, arriscava a perder "pau e bola".... Assim, reforçou o seu espaço em Lisboa, e vencerá em Lisboa...para vencer o País!!!! ( Acredito que Carlos Cesar, esteja na luta)

NB: está na cara que o Zé, tal como Passos Coelho, quer mudar o "nome" a tudo que "cheire" a Sócrates ( Matosinhos e Cascais, são bons exemplos...) O ódio cega, e o Zé, antes que o poder lhe caía no colo, vai contra o muro....Vai uma aposta ?
O " COMPROMISSO HISTÓRICO PORTUGUÊS" ( PSD/PP/PCV/PEV/BE) "REZAM", para que o `ZÉ" se mantenha no Blá,blá,blá...

Anónimo disse...

O PS está a ser cumplíce de tudo o que este governo tem feito e está a fazer. E a razão de não subir nas sondagens é porque não faz oposição ao governo. Os portugueses não são estúpidos e isto pode ser o fim do PS.

Epistémio disse...



Claro. A estratégia dos novos tártaros é: Cavaco e o "guverno" PSD/CDS destroem o País e a missão do Seguro é "só" destruir, de vez, o PS!


Partindo-lhe a espinha.


Conclusão: é ainda mais urgente correr com o Seguro do que com a tralha cavaquista, passista e portista...