O Álvaro não é homem para improvisar: disse esta manhã na Assembleia da República o que lhe mandaram dizer. Por isso, o Álvaro repetiu, sem um pingo de respeito por si próprio, a versão governamental sobre a “idoneidade” do novo secretário de Estado, desdizendo o que o próprio Franquelim Alves havia afirmado na comissão de inquérito às fraudes do BPN.
Mas o que me chamou a atenção foi a referência de Franquelim Alves à sua fascinante carreira de 43 anos, aspecto que o Álvaro repetiu esta manhã. Este dado tão preciso desafiou-me a fazer contas. Consultei para o efeito o curriculum vitae disponível no portal do Governo. Franquelim nasce em 1954 e, em 1970, ingressa na Ernst & Young como auditor. Tinha, portanto, 16 anos de idade — pelo que se presume que então fosse estudante-trabalhador, conciliando os estudos liceais com a realização de auditorias levadas a efeito por esta empresa de consultadoria.
Aparentemente, algo não bate certo no curriculum de Franquelim. Como pode a máquina de comunicação do Dr. Relvas cerzir mais este buraco num tecido já tão esfarrapado?
9 comentários :
Caros amigos da Câmara Corporativa:
Eu, e muitas outras pessoas que conheço, somos visitas diárias deste blog que, por muitos motivos, é um verdadeiro serviço público prestado ao país e a este pobre povo, massacrado pelo governo mais incompetente, corrupto e fraudulento da nossa História
No entanto, não posso deixar de reconhecer que há uma falha lógica no vosso/nosso blog: porquê tanta pertinácia em relação ao tal Franquelim ? Ou seja, qual é o espanto ? O primeiro é um rústico e um analfabeto, o das finaças é um demente, o relvas um consumado vigarista, os outros todos são pulhas com especialidades diversas, portanto, que mal faz um a mais ou um a menos ? Esta observação não diminiu um átomo na imensa valia do vosso empenho. Continuem. Um forte abraço
A história do novel Secretário de Estado do Agro-Alimentar (ou lá o que é...) também não parece ser mais edificante: http://www.publico.pt/politica/noticia/pcp-quer-explicacoes-sobre-nomeacao-para-directorgeral-do-novo-secretario-de-estado-1583533
O Poder agoniza à vista de todos os cobardes!
Se não agirmos DE IMEDIATO, nunca mais termos coragem de OLHAR OS NOSSOS FILHOS NOS OLHOS!!!
As trapalhadas são tantas, e a tal velocidade, que cada dia que passa se torna cada vez mais difícil distinguir entre o que é asslto ao pote e a incompetência dos serviços!
No caso do Franquelim, parece-me que quem publicou o curriculum decidiu dar brilho a mais e já afirma o que o próprio não faz no seu curriculu,m oficial, pois segundo ele em 1970 andava pelas fábricas Mendes Godinho, em 1971 entrou na Ernst & Young não se especificando o que foi fazer, nem qual o estatuto detido.
Mentem como quem bebe agua.Qual o nosso papel? Fica a pergunta.
O Franquelim ao pé dos que já lá estão é um santo, pá.
E de pau Seguramente muito carunchoso, se começou logo a trabalhar tão duro aos dezasseis aninhos...
o facto de a Ernst&Young só ter sido fundada em 1989 também foi esquecimento? Ou seja, o rapazola com 16 anos entrou numa empresa que não existia em 1970 e ficou lá à espera que ela se fundasse até 1989?
Mas em que é que os factos reais podem vir perturbar a linda narrativa das "produções fictícias" dos Relvas & C.ia, que os nossos "jurnalistas" já paparam que nem ginjas?
Enviar um comentário