- ‘(…) a actual política económica já não se funda na realidade nem ambiciona a recuperação. Destina-se simplesmente a manter as aparências de um caminho que falhou. Ora manter esta situação não faz qualquer sentido. Precisamos de uma estratégia económica que tenha a consistência capaz de gerar a confiança na recuperação económica Isto significa ter como ponto de partida o facto de a economia se encontrar numa situação muito debilitada e inserida numa Europa que não vai crescer tão cedo. E implica que ao mesmo tempo tenha a capacidade de inverter esse rumo. Pilares fundamentais desse caminho são: a necessidade de uma solução estrutural para a dívida, adequando os juros e as maturidades a crescimentos realistas; o abandono de políticas orçamentais pró-cíclicas em favor de reformas que limitem o crescimento automático de importantes rubricas da despesa (nomeadamente social); a estabilização das expectativas dos agentes, através de um Acordo de Rendimentos de médio prazo abrangendo designadamente a evolução dos salários e a fiscalidade; a mobilização de todos os recursos disponíveis (p.ex. comunitários) em favor de factores críticos de competitividade (p.ex. qualificação e fiscalidade) e da sustentabilidade financeira; a negociação europeia de um quadro específico para a competitividade dos países periféricos. Pretender o consenso político em tomo de uma estratégia económica inviável é uma perda de tempo. Mas construir a solução política para uma que funcione é uma urgência.’
quarta-feira, maio 29, 2013
Estratégia sem saída
• Fernando Medina, Estratégia sem saída:
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Vítor Gaspar
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1 comentário :
Agora tudo isso é possível, porque temos um guverno de gente séria e um 1º-menistro que não vive no mundo da propaganda enganosa, mas no da realidade concreta.
Com Passos Coelho e Gaspar estamos no caminho do sucesso!
Portugal vai-se salvar, como aconteceu com Salazar.
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