• Mário Soares, O Dia do Trabalhador [hoje no Público]:
- ‘A insensibilidade moral deste malfadado Governo, cada vez mais indiferente ao povo, cujos ministros, agarrados ao poder, como as lapas às rochas, não podem sair à rua, apesar de rodeados de seguranças, sem serem vaiados, é uma situação verdadeiramente alarmante, intolerável e a que nunca tínhamos assistido antes.
Que pensam o primeiro-ministro e os ministros e secretários de Estado quanto ao futuro? Certamente julgam que vão poder fugir para o estrangeiro, porventura bem providos com o dinheiro que amealharam, enquanto o tiraram ao povo? Ao mesmo tempo, foram conscientemente destruindo a classe média.
O Paulinho das feiras pensará que é tão responsável ou mais do que os outros ministros do Governo a que pertence, que pode voltar a dar beijinhos às peixeiras e a fazer-lhes promessas? Julgará que as mulheres dos mercados e das feiras são parvas? E que continuarão a acreditar nele, quando aceitou todas as humilhações que o primeiro-ministro lhe fez e nunca teve coragem para se demitir do Governo? Porque as ameaças são palavras. Não são actos, e, esses, nunca teve coragem de os praticar...’
3 comentários :
Olha, o homem acordou!
É verdade o que ele disse. Uma vergonha nacional os Ministros não poderem sair à rua sem segurança!
Mas não nos esqueçamos que ele (o Soares) também levou umas lambadas na Marinha Grande. Se fosse hoje, acontecia-lhe o mesmo!
Bem, mas ex-ministros já é outra coisa!
As "férias prolongadas no estrangeiro" e os motivos "de doença" de Miguel Relvas desapareceram perante o (calculamos!) enorme desafio político e intelectual de presidir a uma reunião da Assembleia Municipal de que é presidente - a notícia vem no "Cidade De Tomar" de 3 de Maio na pág.4.
Este artigo de Mário Soares no "Público" de hoje é um panfleto a apelar à união de todos os portugueses para derrubar este governo com a máxima urgência.
E com razão.
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