segunda-feira, maio 13, 2013

"O Estado-providência nunca poderia ser providencial ao mesmo tempo para os seus contribuintes e para os seus predadores"

• João Caraça, O Estado-papão [hoje no Público]:
    '(…) a finança não consegue governar o mundo sem servos obedientes. Claro que há métodos diferentes para os tornar submissos, consoante as nações em causa sejam ou não potências militares no mundo global. O que se está a passar na Europa é exemplar: as veleidades de o euro se tornar uma moeda de referência à escala mundial desvaneceram-se em pó com a crise continuada que vivemos. E a fragmentação política a que se assiste na União é a garantia de que a cabeça europeia continuará baixa durante esta década. O mecanismo seguido é, também, de antologia: primeiro, obrigam-se os Estados-providência a providenciar os fundos para tapar o buraco deixado pela incapacidade de gestão do sistema financeiro global; segundo, intimam-se os Estados-providência a reequilibrar as suas contas devassadas, à custa da componente de redistribuição da riqueza, com o pretexto de que os cidadãos têm vivido acima das suas possibilidades. É que o Estado-providência nunca poderia ser providencial ao mesmo tempo para os seus contribuintes e para os seus predadores! E a escolha seguida está à vista. O desemprego que dela resultou não engana ninguém.’

2 comentários :

Anónimo disse...

Vale a pena, ou melhor é muito importante por um link par o artigo completo..t

Miguel Abrantes disse...

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