- “Por isso é que disse sempre que o programa do PSD está muito para além daquilo que a troika propõe”.
- “Nós vamos ser muito mais radicais no nosso programa do que a troika, vamos ser muito mais radicais”.
- Eduardo Catroga, negociador do PSD com a troika
O mea culpa do FMI em relação ao programa de
Na Grécia, antes e depois das eleições, os governos levantaram mil e um obstáculos à adopção das sucessivas doses de austeridade. O Governo de Passos Coelho, pelo contrário, fez questão de dizer que estava disposto a “ir além da troika”. E não só o disse, como o fez desde que tomou posse, alterando, a cada visita da troika, o memorando de entendimento: por exemplo, o aumento da taxa do IVA na restauração e o corte dos dois salários para os trabalhadores do Estado e para uma parte dos pensionistas não estavam previstos no memorando de entendimento. Por grosso, as medidas de austeridade que constam do Orçamento do Estado para 2012 são quase o dobro do que fora acordado com a troika. E, na 5.ª avaliação do memorando, o Governo ofereceu à troika cortes num valor superior a 4.000 milhões de euros (a pretexto da “refundação do Estado social”).
Há sinais de que as coisas estão a mudar, aparecendo cada vez mais isolada a estratégia do amigo alemão de Gaspar. A questão que se coloca é: com ou sem mea culpa do FMI, seria admissível que o Governo que empurrou o país para o abismo pudesse agora dispor-se a ser o salvador da pátria? Não. Este governo inimputável tem de ser afastado.
1 comentário :
Afastado e preso, em conjunto, são ladrões e gatunos, só pelo facto e não é nada insignificante, de roubarem, como roubaram e estão a roubar as pensões dos reformados além do que, mentirosos compulsivos, já nenhuma legitimidade têm para governar - De facto, este país nunca assim esteve em democracia, mas estes tipos são tudo, menos democratas!
Manuel Torres
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