quarta-feira, junho 05, 2013

Que governador do Banco de Portugal é este? (2)

Ontem, na audição no parlamento, o governador do Banco de Portugal disse que o crédito externo tinha sido mal aplicado — em projectos sem retorno financeiro. Inconscientemente, o governador do Banco de Portugal fez mea culpa.

Carlos Costa é mais conhecido por ter sido chefe de gabinete de João de Deus Pinheiro, o comissário europeu com o pelouro do golfe. Mas é menos conhecida a fase em que foi administrador do BEI (depois da fase dos tacos). E foi como responsável do BEI, um dos principais financiadores (e avalizadores) dos tais investimentos ruinosos, que Carlos Costa admitiu toda a sua incompetência.

Os portugueses não serão tão impiedosos quanto o governador foi em relação ao seu passado. Eles sabem que, apesar da propaganda, o investimento público — ao contrário do privado — não foi o desastre de que tanto se fala. A saúde, a educação, as infra-estruturas, as energias renováveis, etc. estão aí para o provar. E o que deixará às "gerações vindouras" este governo moribundo que Carlos Costa tanto defende, a ponto de não se envergonhar de tentar mostrar uma “realidade” que só existe na sua cabeça (e na de Gaspar, naturalmente)?

2 comentários :

Anónimo disse...

E também está por apurar qual foi o papel do
CAVALHEIRO na golpada prá vinda do FMI tal como aunciava passos em capa de Expresso e Cavaco em comunicação ao País e os BANQUÁRIOS nas entrevistas encomendadas pra isso mesmo à mulher do politicodesportivo....

Esta foi o toque final na GOLPADA
ideológica de desmantelamento do Estado e tomada pelos interesses dos nichos de negócio sobrantes.

A GOLPADA teve 3 fases e vários protagonistas:

1ª tentativa sistemática de ASSASSINATO DE CARÁTER do Sócrates recorrendo a 2 instrumentos:
a) Um sindicato corporativo que a partir de cartas anónimas se encarrega de fabricar e servir de fonta do máximo de merda possivel
a) uma certa comunicação social dos interesses economicos que utilizando jornalismo rasteiro se encarregaria de ser o difusar de merda

2ª ASSALTO AO POTE
a) Tentativa falhada da INVENTONA DAS ESCUTAS
b) Promover o caos financeiro através de maiorias circunstanciais na AR que aprovam todos os desmandos do Jardim, tudo para os professores e mais um par de botas....
c) O assalto final com a operação HÁ UM LIMITE PARA OS SACRIFICIOS/ABAIXO O PEC4.

3ª Trazer o FMI a todo o custo e já - é preciso um biombo para aquilo que queriam fazer e era preciso amarrar o mais possivel o derrotado da GOLPADA... os motores foram acelerados.....

Mas a História se encarregará de desvendar tudo....

E só ainda não veio mais de pressa ao de cima porque há muita gente que participou ingenuamente como figurantes e atores secundários desta golpada...e terão sempre alguma relutância em admitir que fizeram parte do ASSALTO AO POTE

Anónimo disse...

O crédito externo foi de facto mal aplicado neste país , mas não pelo estado.
Foi mal aplicado precisamente pelo sector que estes gajos agora veêm como a salvação do país : o sector privado.
Este é um país onde a iniciativa privada nunca, mas nunca funcionou. Sempre se habituou a mamar á conta do estado e a acordar tarde é más horas para a mudança de paradigmas e do mundo.
Algo me diz que , a brincar a brincar, se nos pudessemos desfazer desta direita ranhosa, fascistoide, gananciosa e pacóvia, que só emperra o país em vez de o empurrar para a frente, estariamos hoje ao nivel de qualquer economia nórdica.
É e sempre foi a direita de(a) merda , da lama,da mesquinhes, que puxa e puxou o país para baixo.
Está na hora de o povo entender de uma vez por todas que esta gente NÃO PRESTA.Nem eles , nem os pais, nem os filhos nem os netos.
Uma corja que precisa ser limpa com espátula, de tão agarrados á teta estão...