«Tem-se diabolizado o FMI» - Passos Coelho, em 25 de Março de 2011
quinta-feira, julho 25, 2013
Da série "Frases que impõem respeito" [819]
Mentir numa comissão de inquérito não é uma falta, é crime.
Augusto Santos Silva, no programa emitido à terça-feira na TVI24
2 comentários
:
RFC
disse...
Na p. 16 do P. de hoje, a jornalista Raquel Almeida Correia faz uma análise (que mais parece um texto de opinião nalgumas passagens: não mentiu mas omitiu e o facto resultou, apenas, em contradições avulsas) sobre as frases da ministra das Finanças. Enferma de um erro de palmatória (que a jornalista parece não compreender quando refere as posições tomadas pelo BE e pelo PCP, aliás): o contexto em que cada frase é produzida porque o que está em causa é o que disse na comissão de inquérito da AR (não se devendo misturar o que é transcrito descontextualizadamente nos jornais, nas rádios, nas televisões, em off, crónicas parlamentares, etc.). A ler se puderem, em todo o caso.
Omissões e declarações contraditórias
30 de Abril “Desde que este Governo entrou em funções não foram celebrados swaps” (a ministra autorizou a transferência de swaps para a Parpública)
“Os swapsda Refer foram sempre adequados e transparentes” (alguns dias depois soube-se que dois foram considerados “complexos”)
“Na pasta de transição não constava qualquer menção sobre a questão dos derivados” (o seu antecessor, Carlos Costa Pina, veio desmenti-la esta semana)
25 de Junho “As posições que foram desfeitas não tiveram custos para os contribuintes, porque resultaram do desfazer de posições negativas e positivas” (alguns dias depois verificou-se que os ganhos com swaps do IGCP não cobrem as perdas das empresas públicas)
“O trabalho começou do zero” (o anterior Governo tinha já pedido à DGTF para reunir informação sobre swaps)
“Quando cheguei a esta pasta, não só não encontrei uma proposta, como não encontrei uma referência ao problema”
1 de Julho “Não havia informação sobre o problema, só numérica. Toda a informação relativa à natureza dos contratos, ao facto de existirem opções de vencimento antecipado decorre do trabalho do actual Governo” (esse alerta já constava dos emails enviados pelo ex-director do Tesouro)
Adenda. Ao BE e ao PC deve somar-se, em bom rigor, o PS cuja posição não era clara na edição em papel do P. de hoje. «O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, defendeu hoje que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, "perdeu as condições para permanecer no cargo", considerando que "construiu uma monumental mentira" na comissão de inquérito aos contratos swap.» É uma posição óbvia (e que apertará ainda + o garrote sobre a coligação do PSD/CDS, obrigatoriamente).
Pode ler-se aqui (colar no browser, se necessário): http://expresso.sapo.pt/ps-e-pcp-querem-demissao-de-ministra-das-financas=f822958 .
2 comentários :
Na p. 16 do P. de hoje, a jornalista Raquel Almeida Correia faz uma análise (que mais parece um texto de opinião nalgumas passagens: não mentiu mas omitiu e o facto resultou, apenas, em contradições avulsas) sobre as frases da ministra das Finanças. Enferma de um erro de palmatória (que a jornalista parece não compreender quando refere as posições tomadas pelo BE e pelo PCP, aliás): o contexto em que cada frase é produzida porque o que está em causa é o que disse na comissão de inquérito da AR (não se devendo misturar o que é transcrito descontextualizadamente nos jornais, nas rádios, nas televisões, em off, crónicas parlamentares, etc.). A ler se puderem, em todo o caso.
Omissões e declarações contraditórias
30 de Abril
“Desde que este Governo
entrou em funções não foram
celebrados swaps” (a ministra
autorizou a transferência de
swaps para a Parpública)
“Os swapsda Refer foram
sempre adequados e
transparentes” (alguns dias
depois soube-se que dois foram
considerados “complexos”)
“Na pasta de transição não
constava qualquer menção sobre
a questão dos derivados” (o seu
antecessor, Carlos Costa Pina,
veio desmenti-la esta semana)
25 de Junho
“As posições que foram
desfeitas não tiveram custos
para os contribuintes, porque
resultaram do desfazer de
posições negativas e positivas”
(alguns dias depois verificou-se
que os ganhos com swaps do
IGCP não cobrem as perdas das
empresas públicas)
“O trabalho começou do zero” (o
anterior Governo tinha já pedido
à DGTF para reunir informação
sobre swaps)
“Quando cheguei a esta pasta,
não só não encontrei uma
proposta, como não encontrei
uma referência ao problema”
1 de Julho
“Não havia informação sobre o
problema, só numérica. Toda a
informação relativa à natureza
dos contratos, ao facto de
existirem opções de vencimento
antecipado decorre do trabalho
do actual Governo” (esse alerta
já constava dos emails enviados
pelo ex-director do Tesouro)
25 de Julho
“Continuo a dizer que não
menti”
Adenda. Ao BE e ao PC deve somar-se, em bom rigor, o PS cuja posição não era clara na edição em papel do P. de hoje. «O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, defendeu hoje que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, "perdeu as condições para permanecer no cargo", considerando que "construiu uma monumental mentira" na comissão de inquérito aos contratos swap.» É uma posição óbvia (e que apertará ainda + o garrote sobre a coligação do PSD/CDS, obrigatoriamente).
Pode ler-se aqui (colar no browser, se necessário): http://expresso.sapo.pt/ps-e-pcp-querem-demissao-de-ministra-das-financas=f822958 .
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